Para Yuri Lukov a morte nunca foi um problema quando se tratava de pessoas cruéis, ingratas, soberbas e loucas por dinheiro, porém quando aqueles olhos pretos bateram em sua linha de visão, implorando pela vida, o seu corpo paralisou com um instinto...
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Encarei o filme que o Vlad tinha escolhido e esperei ele voltar com a pipoca que tinha ido buscar. Entediado com a sua demora, peguei o meu celular e procurei a Fernanda pelas câmeras da casa. Não estava no quarto, nem na cozinha e nem investigando as coisas da casa, como achei que estaria.
Onde a garota se meteu? Troquei as telas e fiquei de boca aberta quando a encontrei. Raiva e ciúme fervilhou pelo o meu sangue. Encarei a imagem dela pela tela do meu celular e joguei o aparelho no chão quando percebi os meus seguranças fingindo não observar as minha Mulher. Levantei da cadeira de forma abrupta pronto para ir atrás dela quando o meu irmão abriu a porta com um sorriso.
— Sua esposa levou muito a sério o "Você pode fazer o que quiser." — Brincou imitando a minha voz com um sorriso. Ele encarou o meu celular quebrado em pedaços no chão e logo começou a gargalhar. — Não se preocupe, comprarei um novo para você. — Gritou, mas eu já estava caminhando para fora do cômodo.
— Se ela quer jogar, vou ensinar ela um joguinho bem divertido. — Afirmei respirando fundo e tentando diminuir as minhas emoções. Não poderia ir lá desse jeito, mesmo que ela esteja sendo uma diaba e tentando me matar de ódio e tesão jamais.
— Olha, acho que você encontrou uma oponente à altura. — Destacou ele, voltei a caminhar para fora da sala quando o pirralho gritou. — Não se preocupe comigo, estarei aqui assistindo o filme, mas tentem não fazer barulho, seria muito estranho!
— Vladim! — Gritei me virando para encarar os seus olhos azuis.
— Não está mais aqui quem acabou de falar. — Proferiu rapidamente.
Vou te fazer pagar por essa exibição, Fernanda!
Eu sei que você não entrou na piscina com intenção de se refrescar, uma diaba como você queria causar, queria ver a minha reação e eu vou mostrar do jeito que você. Assim que passei pela porta dos fundos observei a diaba sair da piscina, seus olhos encontraram o meu e ela sorriu. Desci a minha cabeça para baixo observando o corpo dela naquele biquíni feito de uma seda azul.
Eu nunca me arrependi tanto de comprar aquela peça minúscula.
A água descia pelo corpo dela e a minha língua coçou querendo dedilhar o seu corpo do mesmo jeito que aquelas pequenas gotas. Ela sorriu para mim e dei passos até parar em sua frente e a puxar pela cintura em direção ao meu corpo. Seu cheiro doce me invadiu e fitei os seus olhos pretos.
Uma diaba propensa a fazer os outros pecarem, mas o que ela não sabe é que eu já sou um pecador e me deliciarei com ela em minha escuridão.
— O que você pensa que está fazendo? — Questionei e ela mordeu o lábio de forma brincalhona. Um pequeno sorriso se espalhou pelo o seus lábios cheios e perfeitamente desenhados. Levantei a minha mão esquerda em direção ao seu queixo e o segurei entre os meus dedos. Fixei minha atenção em cada uma das suas reações, por mais pequena que seja.
