Para Yuri Lukov a morte nunca foi um problema quando se tratava de pessoas cruéis, ingratas, soberbas e loucas por dinheiro, porém quando aqueles olhos pretos bateram em sua linha de visão, implorando pela vida, o seu corpo paralisou com um instinto...
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Sento na cadeira do fundo do pequeno restaurante italiano e fito a Fernanda conforme ela espera o irmão chegar para ter uma conversa que eu já sabia que não ia adiantar em nada.
O Killian jamais concordaria com o nosso relacionamento, é antiético para a forma de pensar dele. O lado bom é que eu nunca pediria a permissão dele, o lado ruim é que a Fernanda gosta demais do irmão para se despregar das convenções dele.
O meu relacionamento com a Fernanda estava a cada dia melhor e não havia nada que eu pudesse reclamar.
E, até havíamos conversado e concordado que precisávamos nos conhecer um pouco melhor, então escolhemos uma rotina que se encaixasse em nós, afim de cada dia descobrimos algo sobre o outro e foi assim que ela confessou que odeia café e não havia nada mais repugnante do que a bebida.
Eu discordava, mas já havia aprendido que ela gosta de ter a última palavra.
Ela passava as manhãs ensinando o Maxin aprender inglês por vontade própria, eu havia enfatizado que poderia fazer isso todas as noites, já que ele ainda não se sentia confortável com estranhos, porém a garota disse que poderia fazer isso. E, ela estava sendo maravilhosa e fazia até o Maxin rir durante as aulas.
Ela será uma super mãe no futuro!
Então, tomávamos café juntos e depois eu ia trabalhar no escritório, enquanto ela ia ensinar o meu irmão, parávamos no almoço para cozinharmos juntos e depois escolhíamos algo para fazer ou ela saia com as meninas que haviam parado de trabalhar.
Eu via no olhar da Fernanda que ela queria ser efetivada na sede novamente, assim como também via o medo de eles nunca a quererem de volta.
O irmão dela chegou e em segundos percebi que a cena seria bem pior da qual eu pensei. Não passou dois minutos antes da Fernanda se levantar abruptamente e encarar o irmão com um misto de tristeza e raiva.
Ele se aproximou dela e disse algo que sem dúvidas a machucou duramente e quando ele virou as costas para a minha esposa, ela olhou para cima respirando fundo e não me encarou, tentando ser forte e conter as emoções que estavam entrando em embate dentro dela.
Caminhei até a minha diaba e passei os meus braços ao seu redor dando o conforto que ela necessitava no momento.
— Eu não quero odiá-lo e nem admitir que ele não é a mesma pessoa que eu conhecia. — Confidência se sentando na cadeira e deixando a cabeça em meu ombro.
— Todo mundo muda Fernanda e às vezes a transformação é para pior. — Declarei e seu rosto se aprofundou e depois deixou uma arfada escapar dos seus lábios.
— Você é péssimo consolando. — Destacou olhando para os lado do restaurante antigo e pequeno.
— Só disse a verdade! — Me defendi e logo ela voltou a ser séria novamente. — Há algo que eu preciso saber? — Indaguei e ela não fitou os meus olhos quando respondeu hesitantemente.