Para Yuri Lukov a morte nunca foi um problema quando se tratava de pessoas cruéis, ingratas, soberbas e loucas por dinheiro, porém quando aqueles olhos pretos bateram em sua linha de visão, implorando pela vida, o seu corpo paralisou com um instinto...
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Encarei os papéis na mesa e os joguei com força quando não encontrei nada pela segunda vez e era lógico que eu não queria que a Fernanda apresentasse algum problema, mas pelo menos queria uma explicação para o que ela sentiu, no entanto não havia nada que indicasse um problema na mente da Fernanda.
Para minha sorte ou azar ela estava perfeitamente saudável.
Levantei da cadeira e encarei a minha janela observando o pôr do sol quando reparei na morena cacheada entrando dentro da casa, ela estava segurando uma bolsa que deveria ser da roupa que ela levou para a cachoeira.
Não mandei ninguém observá-la porque não existia saída da floresta e no momento a diaba não fugiria daqui, ela não tinha motivo, não quando não sabe quem é. Além disso, não seria fácil escapar de uma mata espessa, com câmeras e sensores de calor e para piorar a situação construí um muro enorme que por sinal demorou um ano e meio para ser construído com força de mão de obra brutal, não poupei dinheiro nem equipamentos para ficar do jeito que eu queria. E, se alguém conseguisse escalar, pular e sobreviver poderia se considerar um alienígena.
Além do mais, não deixaria outros homens apreciando ela se banhar na cachoeira quando ela me pertencia.
Assim que ela passou da minha linha de visão voltei para os documentos da empresa que precisam ser resolvidos ainda hoje, também preciso adiantar outros, já que precisarei viajar para a Rússia para encontrar o rapaz que diz ser o meu irmão. Hoje de manhã, recebi um email da minha instituição, o qual informava que não haviam achado.
Ele está correndo perigo lá e se eu não intervir sem dúvidas vão arrancar o pescoço dele. Vou ter que entrar no meu país de nascença, encontrar o garoto e achar um jeito de voltar com ele sem que dê nada errado. Vai ser muito perigoso, mas não posso deixar um do meu sangue morrer.
Se ele for o meu irmão, vou trazer ele para morar aqui junto com o Vlad, se ele não for terá uma nova oportunidade de vida em outro lugar, assim como faço com outros bastardos como eu. Assim que eles assumem a maioridade, a minha instituição oferece e pergunta o estilo de vida que ele quer, o que ele deseja ser e encontra uma forma dele estudar na universidade que ele quiser.
Oferecemos uma nova oportunidade de vida para todos os rejeitados inocentes.
[...]
Horas depois, Fernanda entra pela porta abruptamente e sorri em minha direção segurando um prato em suas mãos. Ela o depositou em minha frente e rapidamente franziu o cenho quando observei um pedaço de bolo em minha frente.
- Queria agradecer por ter cuidado de mim ontem. - Admitiu e tenho certeza que não consegui esconder a surpresa que se irradiou por mim, não é do feitio dela agradecer por nada, aliás não fiz nada além do meu papel como um bom esposo. - Você está nesse escritório desde o momento que eu saí e já é bem tarde, então achei que poderia querer comer algo. - Informou com um meio sorriso.