Para Yuri Lukov a morte nunca foi um problema quando se tratava de pessoas cruéis, ingratas, soberbas e loucas por dinheiro, porém quando aqueles olhos pretos bateram em sua linha de visão, implorando pela vida, o seu corpo paralisou com um instinto...
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Na hora que entrei na cozinha não esperava encontrar um Yuri descabelado, com as madeixas molhadas e uma calça de moletom que valorizava o seu corpo e o seu tanquinho maravilhosamente definido.
A simples imagem dele com o seu peito músculo nu fazia uma grande bagunça em minha mente a fazendo rodar em espiral de várias imagens nada apropriadas, além disso a loucura entre as minhas pernas deixava claro a atração que aquele homem me fazia sentir.
Forcei a minha mente parar e caminhei até ele que logo reparou em minha presença e ao contrário de mim, ele me observou com um olhar sujo, de puro deleite, com um desejo cru que precisava ser expelido dos nossos poros, porém eu ainda estava racional o suficiente para engolir qualquer desejo insano para dentro de mim, aquilo era tão frustrante, no entanto jamais largaria o meu pé dos meus objetivos e o meu propósito é destruir o russo em minha frente.
Não daria uma importância excessiva aos meus raciocínios sujos de luxúria. Ele saiba movimentar aquela língua e aqueles quadris de um jeito jamais provado por mim durante todos esses anos de diversão? Sim, mas era só sexo sujo, enlouquecedor, depravante, áspero e muito delicioso.
Odiava o fato de saber que ele conseguiu se infiltrar em minhas defesas ao ponto de querer que ele me fodesse a todo instante, era inadmissível que os meus pensamentos parassem no lado perverso da minha mente todas as vezes que eu o via.
Era errado ele existir.
Não importava a forma como os nossos olhares se conectaram e tornava o meu corpo uma gelatina, nem como os bicos dos meus seios endureceram conforme ele apreciava as minhas curvas dos pés até a cabeça. E, principalmente, não importava nem um pouco a vontade que eu tinha de ser virada nesse mesa e ser fodida do jeito primitivo dele que por sinal acertava todos os pontos dentro de mim que eu nem sabia da existência.
Como isso era possível?
— Cadê o Vlad? — Perguntei quebrando os nossos olhares e respirando fundo tentando conter o tsunami que se erguia a cada segundo dentro de mim. Caminhei até o fogão e completei a minha indagação. — O procurei e não o encontrei em lugar nenhum. — Refleti tirando um pedaço do frango frito que estava pronto em cima do fogão.
— Na casa de um amigo. — Respondeu e virei o meu rosto em sua direção de forma aturdida.
Ele deixa o Vlad sair sozinho? O garoto não tem cara de quem já participou da máfia, ele era fofo demais para matar alguém. O que me leva crer que ele nunca fez uma iniciação, então porque ele deixaria o irmão sair sozinho? Isso não combinava nem um pouco com a natureza possessiva e protetora dele. Não perguntei mais nada sobre a situação, pois fiquei com receio dele perceber e desconfiar de algo, então me mantive calada e comecei a organizar os pratos na mesa para o nosso jantar.
Quando estava prestes a perguntar se deveria colocar um prato para o garoto de madeixas escuras, a porta do fundo da casa se abriu rapidamente e Vlad entrou como um furacão. Ele olha para mim e depois foca no Yuri, ele estreita os lábios e seus olhos brilham de diversão. Por fim, ele caminhou até mim, entregando uma bolsa em minha mãos com um grande sorriso.