YURI LUKOV
Percebendo a decepção que recaiu pelo o seu rosto tentei melhorar o meu tom de voz e dizer algo que mudasse a sua expressão facial.
— Não é sobre você, é sobre tudo que está ao redor. — Tentei novamente e depois passei por ela em direção a cozinha, a partir desse momento a Fernanda não falou mais comigo e continuou calada na dela e eu odiava quando a mesma fazia isso, pois logo em seguida ela aprontava algo que me deixava com muita raiva.
Fernanda tomou lentamente o seu café e quando terminou lavou o que usou e caminhou até o quarto, por mais que ela não estivesse se comunicando comigo ainda continuei ao lado dela, a seguindo pela casa, caso a mesma precisasse de ajuda.
Não sabia o motivo do seu silêncio, eu sei que ela gostava do Vlad e ficou magoado por não tê-lo aqui com ela, mas isso não é o suficiente para eu deixar o meu irmão perto de uma agente confusa que a qualquer momento poderia usá-lo para fugir.
A segurança do Vlad sempre vem em primeiro lugar.
No quarto, ela caminhou até a cartela de remédio, engoliu um comprimido, bebeu um pouco de água e em seguida caminhou até o closet. Liguei a tela do meu notebook, entrei na conta da instituição e quando encarei as iniciais de um email, meus olhos faiscaram.
Eles não o acharam e só me restavam duas opções sendo que eu me conhecia o bastante para saber que jamais seguiria a segunda. Se eu fosse para a Rússia poderia achar o garoto que poderia ser o meu irmão e trazê-lo em segurança, porém se eu ficasse em solo americano, ele teria a cabeça arrancada, assim que fosse comprovado que ele tem sangue dos Riussol correndo em suas veias.
Não havia dúvidas do que eu tinha que fazer.
A porta do banheiro se fechou no mesmo segundo que a Fernanda passou por ela segurando um par de roupas. Sai do quarto e caminhei pelo o corredor entrando em outro cômodo e ligando para o Vlad. Chegou o momento de deixá-lo a par da situação. Um par de olhos azuis preenche a tela e ele sorri para mim animadamente, é óbvio para mim que o meu irmão está amando a viagem.
— A Inglaterra é perfeita! — Exclamou e antes que eu posso dizer algo, ele continuou a falar. — Eu vou conhecer hoje o cara que inventou o meu jogo favorito. Nem dá para acreditar nisso!
— Fico muito feliz que você esteja gostando e seguindo todas as medidas que os seguranças passaram. — Anunciei me acomodando melhor na cama que tinha naquele quarto de hóspedes.
— Você escreveu uma lista de regras. — Debochou ele. — Meu amigo falou que você é mais paranoico que o irmão dele, eu tive que inventar uma mentira, já que jamais poderia dizer a verdade. — Encarei os olhos dele e sabia que precisava iniciar aquele assunto.
— Vlad, eu preciso ir para a Rússia. — Afirmei sendo direto.
— O que? você enlouqueceu, Yuri? Você está sendo procurado! Ou você por acaso esqueceu que fugiu da Bravta? — Explodiu ele aflitamente.
— Há um garoto que afirma ser filho do nosso genitor, ele está correndo perigo e se ele estiver falando a verdade é o nosso irmão, eu não posso cruzar os braços para isso, Vlad. — Ele ficou em silêncio refletindo sobre isso e quando me encarou vi o medo cru rodando pelas suas órbitas azuis.
— Pode ser eles tentando achar você. — Declarou e eu neguei com a cabeça.
— Não tem como eles saberem que sou filho do Boss anterior e a informação veio de uma fonte confiável da instituição, um dos primeiros garotos que eu salvei.
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Resgatada por você. (Mafioso x Agente Do FBI)
Chick-LitPara Yuri Lukov a morte nunca foi um problema quando se tratava de pessoas cruéis, ingratas, soberbas e loucas por dinheiro, porém quando aqueles olhos pretos bateram em sua linha de visão, implorando pela vida, o seu corpo paralisou com um instinto...