Segunda-feira P.1

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Ah, o tão esperado dia D. Estava muito ansiosa e motivada, sentia falta disso (ação e produtividade). Acordei tão ansiosa que caí da cama. Droga! Fiquei uns minutos no chão esperando a sonolência sair. Bufei, acordar linda e graciosamente era coisa de princesa da ficção, vida real é outra história.

Fui para o banheiro me ajeitar, meu cabelo tava só uma palha, mas nada que um pente não resolva. Minha surpresa foi ver o quanto minha pele estava bonita, não tinha mais olheiras, sinais de que a fase zumbi estava passando. Fiquei me olhando por um tempo, como eu pude ser tão negligente comigo mesma?

Me cobrava tanto, e tudo piorou quando eu conheci os vampiros. Sério, minha autoestima despencou, mas como eu poderia me comparar com vampiras de mais de 1 século de existência, que pertenciam a tempos mais interessantes, tinham habilidades e beleza inumana e, tiveram tempo suficiente para terem dinheiro?

Eu era uma adolecente humana e pobre do século 21, o que se pode esperar de alguém assim?! Eu ri da minha ignorância.

Voltei a me olhar, poxa, eu nunca tive espinhas, nem precisava de base; estava ótima para uma adolecente da minha condição. Era motivo para se agradecer. Eu era bonita, só precisava acordar pra vida, tinha o mundo pela frente, não poderia jogar meu futuro no lixo!

Como hoje era uma dia "de sol", graças a Deus! Vesti a única mini saia jeans que eu tinha, "mini" é só o nome, ela só batia 3 dedos acima do joelho. Tinha o estilo grampeada rodadinha. Vesti uma blusinha branca com detalhes vermelho, as mangas eram compridas; nos pés coloquei meu all star branco.

Deixei minhas madeixas soltas, meu último dia em Forks seria, para mim, um evento.

Desci as escadas e dei um beijo no meu pai, ele tirou o dia de folga, acho que aproveitaria cada momento junto de mim.

- Bells, você está adorável criança... tudo isso é alegria por ir embora de Forks?

- Não pai, isso não seria suficiente, estou assim porque me sinto amada e aceita  - suspirei, era verdade, ser amada é bom, mas ser amada por Deus é mil vezes melhor. Me sinto única aos olhos dele. E se o dono do universo me valoriza acima dos anjos, por quê eu me desprezaria ? Se ele morreu para me fazer digna, por quê eu ou qualquer criatura me condenaria?

- Humm, isso é bom... eu acho - Ele tinha cara de quem não entendeu nada.

Terminando o meu café, subi na minha picape e fui para o colégio. O estacionamento estava quase vazio, tinha chegado cedo, já que pegaria meu histórico na secretaria.

No local desejado, limpei minha garganta para chamar a atenção da Srta. Cope, já que esta estava muito ocupada lendo um livro hot. Ela fechou o exemplar às pressas, em seguida me olhou com alívio por cima dos óculos.

- Olá Isabella, precisa de algo? - Parecia frustrada. Ugh, nem queria pensar no que eu realmente estava atrapalhando.

- Sim, vim pegar meu histórico. - Ela não parecia supresa, bom... de duas uma: ou todos pensavam que eu não duraria muito em Froks, ou a cidade inteira já sabia da minha mudança. Encolhi os ombros para esse último.

- Claro, eu já estava sabendo que você se mudaria - Sim... justamente o que eu temia - Mas confesso que pensava isso desde o início, os filhos devem ficar com suas mães... Elas sabem cuidar melhor. - Se ela soubesse... Me ofendi com isso, Charlie é um excelente pai!

- Compreendo que as pessoas pensam assim, mas meu pai cuidou muito bem de mim.

- Sim, claro - Ela estava desacreditando? Bom, meus últimos surtos poderiam por a minha integridade a baixo, mas isso não era culpa do Charlie. Ela pegou meus documentos - Aqui está.

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