Sogrão

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      Balançava o braço de cabeludinho, de um lado para o outro, eufórica. Pra quê essa felicidade com Forks? Quê? Sempre achei Forks linda... cheia de árvores, troncos cobertos de musgo, galhos que prendiam das copas, a terra coberta de samambaia. Até o ar filtrava o verde das folhas... verde, verde, verde... lindo, mas a gente enjoa, com certeza o verde não é mais minha cor favorita. Porém estava feliz, não por Forks, mas pelo meu pai.

    Talvez seja a alegria do Espírito Santo, não sei... só sei que olhava a porta a minha frente como se fosse a coisa mais interessante do mundo. Voltei a bater incessantemente até perceber que a madeira se tornou macia.

    - Oh, PAI! - Parei de bater nele e pulei em seus braços. Ele estancou até se acostumar com o meu peso, logo braços calorosos e ternos me envolveram.

  - Senti saudades, Bells - Engasgou e me deu um beijo na bochecha enquanto me colocava sobre meus pés. O inspecionei com os meus olhos para ver se estava com aparência saudável, percebi que ele fazia o mesmo.

   Charlie estava com seu uniforme, o que achei estranho, eram 06:30 ainda. Todavia ele continuava o velho charmoso de sempre, dessa vez decidi dar voz aos meus pensamentos, de forma sutil, claro. - Continua bonito como sempre, pai. - Ih o lá... Charlie estava corando, como presumido. - Mas por quê está de uniforme tão cedo?

    Voltou a corar. - Estava ansioso com a chegada de vocês. - E foi nesse momento que notei a presença de Isaque ao meu lado. O coitado foi totalmente esquecido, que namorada boa você é, Isabella!
    Surpreendentemente ele sorria intercalando olhares entre mim e meu pai.

     Eu imaginava que ele ficaria tenso por estar na casa do sogro, ou teria medo de levar um tiro... se bem que Zaque também anda armado e tem licença pra isso. Porém não esperava a seguinte reação...

   Zaque colocou nossas mochilas no chão e deu um abraço em Charlie. - Eai sogrão!

 
   Sério... ele é louco? Não teme a morte? Meus olhos saltaram ao ver ambos batendo nas costas um do outro, naquele abraço esquisito de homens.

     - Como vai garoto? - Agora Charlie o acompanhava para dentro de casa. Eu fiquei na porta, boquiaberta como um peixinho... - Vamos Bells, seus dentes juntarão gelo se continuar parada com a boca aberta.

   Okay... devo estar exagerando, meu pai nunca foi ciumento, muito pelo contrário... ele me incentivava a sair e vivia perguntando sobre garotos como Mike Newton... Ugh!
Acho que sua intolerância a Edward me deixou um pouco traumatizada. Vamos ser razoáveis: ele era ótimo... APENAS NÃO GOSTAVA DE QUEM NÃO ERA SAUDÁVEL PARA SUA FILHA!

    Tenho em mente que meu pai nunca teve a falta de instinto autopreservativo como eu, e como qualquer humano normal, ele se sentia ameaçado sob a áurea vampírica do Edward.

      Me sentei no sofá observando sua amistosidade com Zaque. Eu gostei disso. Pigarreei. - Pai, trouxemos um presente para o senhor.

  
   Me levantei e entreguei o celular que Zaque e eu compramos... este insistiu em me ajudar, usando o mesmo argumento que eu tinha usado quando levei a sobremesa para seus pais.

     - Hun... crianças... vocês não tinham que gastar dinheiro comigo. - Revirei os olhos, tive quem puxar.

   - Besteira, Charlie. Sua filha apenas queria ter mais contato com o senhor... e eu bem... faria tudo por ela. -  Isaque murmurou o último amavelmente enquanto me circundava para enlaçar seus braços em minha cintura. Sorri cúmplice. Malandro! Aprendeu manusear meu  comportamento e agora usava suas táticas em meu pai.

   - Não é grande coisa, somente o suficiente para podermos trocar emails. - Sorri para meu pai, acho que estávamos o convencendo.

  Ele sorriu. - Obrigado crianças.

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⏰ Última atualização: Aug 01 ⏰

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