Pov. Isabella.
Árvores passavam por nós na mesma proporção em que minha ansiedade aumentava. Que lugar longe era esse? Dei uma espiada em Zaque, este assobiava como se estivesse tudo em paz.
Ugh, como é difícil não saber das coisas. Permaneci calada em toda viagem, tenho certeza de que se eu abrisse a boca, jorraria perguntas.
Ao que pareceu um longo período, ele parou o carro ao lado de uma fila de carros. Esperei ele descer e abrir a minha porta. Caminhamos juntos em silêncio até eu ter uma vista panorâmica do lugar.
Se assemelhava à uma praça, porém parecia bem íntimo para uma praça pública. Deveriam ter fechado o local ou era algo particular. Havia várias pessoas, todos com roupas coloridas. Aonde dirigia meu olhar aparecia barracas de venda de alimentos. Às margens, tinha bancos mais afastados da aglomeração. A multidão se concentrava em pé ao redor de um coreto, apreciando um show.
- O que acha ? - Quis saber, Isaque.
Eu não sabia por onde começar, era tudo tão colorido, bem organizado. Repleto de cores que eu particularmente amava, os tons quentes. E ainda tinha o aconchego que o ambiente trazia, apesar da quantidade de pessoas. Minha mente processou tudo: era um lugar exclusivo da cultura latina.
- Perfeito! - Exultei, ele relaxou sua postura e deu um suspiro de alívio. Eu quis rir de tamanha bobagem, qualquer lugar estaria bom para mim, mas ele soube escolher perfeitamente. Não seria tão agradável se fosse em um restaurante chique, na verdade seria bem chato.
- Eu sabia que você iria gostar. Este lugar é um dos poucos divertimentos da Flórida. As pessoas sempre se reúnem aqui para aproveitarem um pouco dessa linda cultura.
Sorrimos um para o outro, ele pôs sua mão em minhas costas me direcionando para uma barraquinha. Zaque pegou um tipo de bandeja bem grande e pagou por dois lanches, ambos continham um palito com uma bandeirinha da Argentina pendurada.
Zaque olhou pra mim um pouco incerto. - Ah, Isa. Você podia guardar nossos lugares naquele banco ali. - Ele apontou a um banco mais reservado, não tinha percebido, mas cada banco tinha uma mesinha na frente, como no colégio.
O olhei querendo compreender o quê estava por trás desse pedido. Nossa conversa silenciosa foi cortada com a chegada de dois homens fortes. O mais alto balançou o ombro de Zaque.
- E aí, judeuzinho. Quantos séculos hein. Não vai nos apresentar essa gata ? - Zaque se tensionou, mas levantou a cabeça e enlaçou um braço em minha cintura.
- Claro, bom. Esta é a minha esposa. - Ele disse em tom firme e ameaçador. Os caras estremeceram um pouco, depois o maior voltou a sorrir para mim.
- Meus parabéns, é uma linda jovem.
- Até mais Breuer. - disse o mais baixo, rebocando o grandão para longe de nós.- O_que _foi_isso? - quis saber.
Isaque coçou sua nuca com nervosismo. - Esses senhores estavam te despindo com os olhos. As intenções deles não eram boas, certamente queriam te tirar de mim. Me perdoe, meu sangue ferveu... eu falei a primeira coisa que veio em minha mente. Como eles são intolerantes, sairam de perto ao saberem que era minha esposa, já que acham que judeus só podem casar entre si.
O encarei meio atordoada e compreensível ao mesmo tempo. Minha reação seguinte foi rir. Ele arqueou uma sobrancelha.
- Esse seria o mal dos Isaque's ? - sugeri, essa cena parecia muito com a da bíblia em que a personagem mentiu sobre sua relação com Rebeca, com o intuito de afugentar o rei Abimeleque.
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Aprendendo A Ser Humana.
Подростковая литератураDepois de ser deixada e ter seu mundo destruído, Isabella Swan se vê obrigada a seguir em frente. Mal sabia ela que iria encontrar vida em meio aos escombros. Bella sai de Forks e acha a razão para viver, percebendo que há sim beleza na vida h...