Capítulo 23

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~Pov. Isabella.

Me joguei em minha cama, aproveitando o gostinho da felicidade. Quando anoiteceu, Zaque me trouxe de volta, combinamos de apenas orar e jejuar por uma semana. Jejum de excluir besteira e de passar algumas horas a base de água. Não ficaríamos o dia todo sem comer.

Se tudo der certo, combinaríamos um almoço em sua casa no sábado.

Estava um pouco ansiosa pra esse dia chegar, mas estava com meus dois pés no chão, se não desse certo, iríamos tentar com outra pessoa. A vida é assim, a gente quebra a cara e tenta de novo, até encontrar com alguem compatível.

Eu já estava orando por um tempo também, não especialmente pelo Zaque. Eu gostei da ideia de me casar e ter filhos, tinha discutido isso com a Lety e o Pedrinho, eles me instruiram a ser paciente e a orar por isso.

Coincidentemente, Zaque tinha todos os atributos que eu admirava:

Ele era humilde; conservador; responsável; protetor; trabalhador; leal: tinha caráter; bonito; amoroso; solidário; paciente; tinha palavra.

E o principal era que ambos amávamos a Deus acima de tudo.

Bom, ele era bem mais do que eu tinha pedido. Só faltava saber se ele era um bom filho. A forma como ele tratasse os pais seria um indício de como ele me trataria, futuramente, pois são os pais que vivem com ele, a próxima seria eu.

Levantei e fui me arrumar, hoje tem culto!

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A semana passou correndo, não passei nenhum dia sem orar, me encontrei com Zaque apenas na segunda e na quinta, na quinta foi o dia em que oramos juntos.

Flashback:

Esperamos todos sairem da igreja. Quando eramos os únicos, ele tomou minha mão na sua e me levou para junto do altar.

- Como tem sido essa semana para você? - perguntou.

- Tranquila, faz sentido se desligar um pouco de nós, conseguir pensar nos prós e contras. E para você? Não sentiu minha falta? - quis brincar com ele.

- Como um louco, embora, esse momento recluso tenha sido útil para esse meu dilema. Aumentou o meu amor por você.

Entendi o que ele dizia, mas prescisava saber se ele sabia o que dizia.

- O que é o amor, para você?

Ele pegou minha mão e a levou aos seus labios, depois me deu um sorriso sereno.

- O amor é paciente e bondoso. Não é invejoso, nem orgulho; não é arrogante, nem grosseiro. O amor não exige que se faça o que ele quer. Não é irritadiço e dificilmente suspeita mal.
Nunca fica satisfeito com a injustiça, mas alegra-se com a verdade.
O amor nunca desiste, nunca perde a fé, tem sempre esperança e persevera em todas as circunstâncias.
O amor é eterno.

Eu sorri em concordância - 1° Coríntios 13: 4- 7. E parte ā do verso 8.

Ele assentiu e beijou minha bochecha. - Vamos orar.

Entrelaçou sua mão com a minha e ajoelhamos de frente ao altar.

Fim do Flashback.

Era sabado de manhã, pedi a ele para irmos a uma concessionária, eu juntei um dinheiro para comprar uma moto para mim.

Prescisava que ele me ajudasse a escolher, eu gosto de motos, mas não sou nenhuma especialista.

- Queria uma que fosse mais confortável para pilotar. - dizia a ele.

Olhavamos alguns modelos, tinha de todos os tipo, classicas como Vulcan, até as mais perigosas como a Yamaha RD350.

- Bom... tem a biz, pop e dream. Qual você gostou mais.

- A c 100 biz 100 ks honda 2004, além de ser um modelo mais feminino e ser econômica; sob o banco, o motorista tem um útil bagageiro. - informou a vendedora levantando o banco da moto.

- Acho que vou ficar com essa. Quero aquela preta ali. - apontei, não queria apenas para combinar com a do boy, a preta era de segunda mão, caía bem no bolso.

Motoca comprada, hora de ir. Ainda tinha o almoço na casa dos sogros, hoje iríamos anunciar o namoro.

- Primeiro vamos passar em casa, vou preparar o mousse. - disse saindo da concessionária com minha moto.

- Você não prescisa fazer isso.

- Zaque, eu não quero chegar em sua casa com as mãos vazias. Fica meio chato.

Ele sacudiu a cabeça. - Você e suas manias. - Suspirou em derrota.

- Não fique assim baby, passamos a semana inteira de jejum, merecemos aproveitar. - Fiz um cafuné em sua barba, apreciando a maciez em minha mão. Ele ronronou, eu ri alto.

- Por que parou ? - fez beicinho. Fofo!

Mordi seu lábio projetado e me afastei. - Gatinho!

Cada um montou em sua moto, eu pisquei pra ele e acelerei a minha, indo em sua frente. Todo caminho, ele tentou me ultrapassar, mas eu o fechava. Aproveitei muito, tinha me esquecido de como era bom pilotar, era muito melhor sabendo que, o que eu usava foi comprado com meu próprio dinheiro. O prazer da meritocracia.

Paramos em casa, ele desceu, veio até minha moto e me ajudou a descer. Tem coisas que não mudam, tirou meu capacete às pressa.

Não entendi, até que ele fechou sua mão em minha cintura e puxou meu rosto para um beijo. Enlacei meus braços em seu pescoço, meus dedos adentrando em seus cabelos enquanto nossos lábios se moviam em perfeita sincronia.

Paramos apenas quando houve a necessidade de respirar. Ele colou sua testa na minha enquanto tentava acalmar sua respiração.

- Você fica linda pilotando. - declarou.

Eu iria responder, mas vi, em minha visão periférica, um movimento. Me virei e pulei de susto, quase derrubando Zaque no processo.

Renée materalizava na porta, pela cara dela, ela viu nosso showzinho.

- Deus, mãe! - Coloquei a mão no coração, como se isso fosse acalmar.

- Vocês são tão lindos juntos. - disse naturalmente. - A propósito, bonita moto.

- Obrigada. - puxei Zaque pela mão, ao passar pela porta, dei um beijinho em Renée.

Na cozinha, fiz meu mousse de chocolate e morango, finalizei pondo uns moranguinhos por cima.

Zaque tentou me ajudar, mas, na maior parte do tempo, ele passou dando uns "beliscos".

Não vou me fazer de inocente, também provei um pouco.

- Olha isso aqui. - veio ele com uma colher cheia de chocolate, franzi o cenho. - Um fio de cabelo seu.
Abaixei pra olhar, ele meteu a colher, do meu queixo até a minha testa.

- Seu incircunciso! - Exasperei, ele grunhiu em gargalhadas.

- Des.. desculpe amor. Mas eu sou sim circuncidado. - sua voz cortava entre suas risadas. Cruzei os braços, aborrecida. - Veja pelo lado bom, agora eu posso te limpar de uma forma mais agradável.

Se aproximou de mim, fiquei estática, mas relaxei quando ele depositou beijos molhados em meu queixo, testa, nariz, e por fim, boca.

-Agora você me atrasou mais ainda, vai ter que me esperar trocar de roupa.

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