"Debaixo do mesmo céu
Respirando o mesmo ar
Tem dois corações com saudade só pela metade querendo encaixar..."O trajeto foi um pré-aquecimento, assim que o carro foi colocado em movimento, Amaury entrelaçou os dedos da mão direita, na mão esquerda de Diego, de modo que ele trocava as marchas com as mãos dadas e dirigia o volante apenas com a mão esquerda.
Dirigir bem tornava qualquer homem extremamente atrativo, Diego sentia a boca seca, em dado momento retirou a mão com cuidado da dele, e direcionou-a para a nuca, onde fez carinho desde a base do pescoço até entrar pelo cabelo, Amaury chegou a pender um pouco a cabeça para o lado dele, em um dos semáforos, ele segurou firme na coxa esquerda, apertando-a, Diego o encarou, puxando-o pela nuca, se beijaram com certa urgência, o semáforo ficou verde, o carro de trás buzinou, eles se separaram e Amaury dirigindo com um sorriso enorme, sugeriu:
— Tem motel no caminho...
Diego riu, levando as mãos ao rosto.
— Não descarto essa possibilidade, porém, a gente tem que entender que podem nos reconhecer... E vale também a observação que hoje eu quero conhecer a sua casa, seu idiota.
— Tá muito longe, meu Deus! Nunca um trajeto esteve tão longe.
Diego deitou a cabeça no ombro dele e o mordeu devagar em seguida, fazendo Amaury fazer um barulho de sucção de ar entre os dentes e lábios entreabertos.
Diego escorregou a mão esquerda do joelho de Amaury para o interior de suas coxas, o corpo dele trepidou, quando pararam em outro semáforo, com uma mão firme e olhar fixo no rosto dele, Diego colocou a mão na altura do zíper, espalmando-a e fechando-a em seguida, seu queixo caiu ao notar o grau de excitação dele, tirou a mãos como se pegasse fogo.
— Caralho! Puta que o pariu, Amaury! Por que você é assim? — sentiu o corpo reagindo, sendo atravessado por um corrente elétrica, respondendo ao desejo dele.
Ter alguém com tão evidente tesão por ele, o fazia ficar ainda com mais tesão, ele mordeu o lábio inferior e falou voltando a deitar em seu ombro.
— Você vai ferrar com a minha vida e eu vou permitir isso. Que homem gostoso, meu Deus do céu. Eu tenho medo do quanto eu estou imaginando baixarias nesse momento.
Amaury, gargalhou.
Ele continuou ali enrolado no braço musculoso, Amaury foi deslizando a mão pela coxa dele durante o trajeto inteiro, quando chegou ao prédio, enquanto passava pela garagem, Diego se endireitou no banco e passou a mão pelos cabelos, nervoso, sentia o estômago do avesso.
Amaury deu a volta no carro, rapidamente, abriu a porta e estendeu a mão pra ele, Diego não aguentou e se jogou contra ele, abraçando-o, enterrando o rosto em seu tórax, percebeu a respiração de Amaury ficar em suspenso, sentiu um braço em torno de sua cintura e outro subindo pela suas costas, enquanto a mão segurava sua cabeça, ele deu um beijinho no seu cabelo e inspirou fundo o cheiro do cabelo que tinha aqueles tons de cobre encantadores, como um viciado que necessita daquilo mais que a própria vida.
Diego sorriu apertando seus braços ao redor do torso dele.
Estava perdido, não estava? Ele se questionava, enquanto também inspirava o cheiro daquele corpo másculo em igual necessidade, o coração dele batia tão forte e acelerado que seu rosto era levemente deslocado pra frente para trás de encontro a ele.
Era inebriante e avassalador demais pra ter qualquer tipo de limite.
As defesas dos dois caíram no chão e se estilhaçaram em milhões de pedaços, naquela noite não haveria barreiras, o que estavam sentindo era forte e alto demais pra segurar, controlar ou evitar.
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Duas vezes você
FanfictionFANFIC #Dimaury Amaury Lorenzo e Diego Martins são escalados para uma novela em horário nobre da Rede Globo de televisão. Dois atores que vão se questionar diariamente se estão confundindo a ficção com a realidade ou se o sentimento que começa a cre...