Cap. 15 - Eu não existo sem você

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"Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará
Você de mim..."

(Eu não existo sem você - Maria Bethânia)


Depois que voltaram da gravação do programa, tinham almoçado no hotel, momento em que foi filmado um desses stories memoráveis para os fãs, Diego tinha aberto uma mensagem que estava sobre a mesa e lido em voz alta enquanto mostrava o papel: "Persiga os seus sonhos", e em seguida ele tinha filmado Amaury, enquanto dizia: "Eu estou perseguindo o meu agora", Amaury tinha apenas dado um grande sorriso e mandou um beijo pra câmera, ele não tinha entendido muito bem na hora, mas depois quando assistiu ao story mais tarde, sentiu o estômago revirar de alegria, Diego falava as coisas em tom de brincadeira, mas sabemos que toda brincadeira acaba tendo seu fundo de verdade.

O fandom naquele dia veio abaixo no Twitter, mas Diego só teria dimensão disso de madrugada, quando fosse conferir o aplicativo, e aí já seria tarde pra tirar qualquer coisa do ar.

Depois de bem alimentados, ainda exaustos da agitação da noite anterior, dormiram abraçadinhos no quarto de Amaury.

Diego acordou com o despertador do celular, estava enrolado em Amaury, repousava a cabeça no tórax dele que era o travesseiro mais perfeito do mundo, esfregou o rosto ali, manhoso, antes de se levantar devagar, sentou na cama, com o corpo de lado, desativou o alarme, o olhou com imenso afeto, seu coração chegou a doer, definitivamente o homem mais lindo que já tinha acordado ao lado em toda a sua vida, o coração transbordou de amor.

Sorrindo, ele fez carinho na barba:

— Acorda, seu lindo! Acorda!

Estavam naquele estágio inicial de paixão, em que as pessoas ficam bobas alegres e sempre parecendo em delírio de felicidade febril.

Amaury abriu um olho e sorriu, puxando-o para os braços dele novamente, ambos estavam sem camisa, vestiam as calças que tinham usado no programa mais cedo, Diego ainda estava de meias.

Diego prontamente se enrolou naquele corpo másculo de novo, braços e pernas emaranham-se.

— A gente precisa levantar, senão vamos perder o voo, temos gravação no final da tarde no estúdio e a noite temos externa. E a gente ainda precisa estudar essas cenas, né? No avião vamos passando o texto. — ele pegou o celular do lado da cama e viu o relógio — 13h26. O despertador estava tocando desde às 13hs e a gente não tinha escutado, você também dorme como uma pedra. Nosso voo é às 14h40. Temos que correr! — ele o olhou, cheio de dengo — E eu tô com fome de novo, deve ser porque você me deu uma baita canseira essa madrugada e meu corpo ainda tá reagindo.

— Nós nos demos uma bela canseira. — ele suspirou fundo — Ai, que canseira maravilhosa. Você pode me cansar, me exaurir, acabar comigo sempre que você quiser, pequetito. Pode me destruir sem dó nem piedade. Só de pensar na cena de você descendo em mim. — ele virou os olhos — Eu passo mal! — sorriu, olhando-o provocativo, enquanto uma mão apertava sua cintura, seguindo a "escola" Ramiro de apertão ilimitado.

Diego puxou o ar pelo nariz e sorriu sentando um pouco de lado.

— Eu tô dolorido em níveis que não tenho nem como te dizer.

— Machuquei você? — a voz ficou preocupada.

— Eu fui com tudo, né? A louca... — ele gargalhou — Puta que pariu, na hora foi incrível, mas agora sentar, meu querido... Por um tempo, por mais que eu queira, não vai rolar...

— Ai, meu amor, descu...

— Xiu! — ele sentiu o "meu amor" como se tivesse tomado uma paulada na nuca, mas recuperou-se, levando para seu lado brincalhão — Eu quis, quis muito e foi surreal de bom, literalmente foda para caralho! — ele fez carinho no rosto dele, sorrindo — E também literalmente vai me deixar sem sentar direito por alguns dias, pode bater no peito e se orgulhar, bebê!— ele deu dois tapinhas no peito largo e mordeu o lábio, muito atentado, como sempre.

Duas vezes vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora