15

18 4 17
                                    

Aviso de Gatilho: Descrições Hot


15
▬▬

Tentei fazer de tudo para esquecer o que Joseph havia me dito. Mas não adiantava, quanto mais tentava esquecê-lo, mais ele surgia em minha mente. As suas palavras se repetiram uma centena de vezes em loop na minha cabeça.

"Deve ser por isso que estamos tão atraídos um pelo outro"

Entrei em casa e corri até a cozinha, eu tinha que fazer uma canja para Hugo. Para o meu noivo. Aquele que vou me casar. Para o homem que eu amo e a única pessoa no mundo que deveria querer em minha cama.

Tirei todos os ingredientes da geladeira, o peito de frango já estava descongelado. Limpei ele, cortei em cubos, temperei e deixei descansando.

Cozinhar me acalmava, me distraía. Mas nem aquilo pareceu me fazer esquecer de Joseph. Dos lábios rosados dele se movendo enquanto dizia estar atraído por mim.

Merda!

Coloquei a panela no fogo e joguei o frango dentro. Comecei a picar as verduras enquanto o frango cozinhava.

Ouvi a porta abrindo e segundos depois Hugo surgiu no balcão da cozinha.

- A casa está cheirando - ele disse com um sorriso.

Eu estava cortando a batata em cubos quando virei para encontrá-lo.

Hugo era lindo. Lindo não, perfeito! Um verdadeiro príncipe encantado. Muito mais lindo do que um galã de novela, era tão atraente e gostoso quanto. Ve-lo vestindo paletó e gravata deveria atiçar algum fetiche oculto meu.

Deveria...

Eu não precisava de Joseph para nada, meu noivo era tão bonito quanto.

- Estou fazendo canja para você - eu disse.

- Hmmm, era tudo o que eu queria.

Hugo entrou na cozinha, passou os olhos pelos ingredientes e trouxe os lábios para me beijar na bochecha. Me abraçou e notei que ele ainda estava quente.

- Comprei remédio para a sua febre - Eu disse, apontando para a mesa da sala.

- Tá tudo bem? - Hugo perguntou, notando a minha mão enfaixada.

- Sim, eu só... - A verdade não queria sair, eu não podia contar para ele dos eventos que me levaram para a casa de Joseph - Eu fui na farmácia e acabei tropeçando. Ralei toda a mão. Mas estou bem. Os remédios, Hugo.

Hugo beijou a minha mão por cima do curativo, caminhou até a mesa, tomou um comprimido e suspirou.

- Vou tomar banho, tá? Tomar banho e me deitar um pouco, quando a canja estiver pronta me avisa.

Eu confirmei com a cabeça, sem tirar os olhos da faca e dos legumes sendo picados.

Ele estava doente, foi muita sacanagem minha ir para casa de outro homem enquanto o meu noivo encontrava-se nestas condições. Não sei o que iria sentir caso descobrisse que Hugo esteve na casa de outra mulher na época que eu estava de cama.

Ele seria mal caráter, tal como eu fui hoje. Isso nunca mais deve se repetir.

Nunca mais!

Eu soltei um snif e deixei a faca deslizar pelos meus dedos e ir de mergulho ao chão.

Puta que pariu! Levo o dedo cortado até a pia e ligo a torneira, um fio vermelho escorre pela minha mão. O sangue se mistura com a água e escorre pelo ralo. Eu respiro fundo, me sentindo extremamente culpada.

Fatal!Onde histórias criam vida. Descubra agora