My Dear Whore - Ohanitta

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Larissa

Uma hora depois, eu estava de volta ao grande salão do andar de baixo. Eram 23:40h e ainda haviam muitos homens com mulheres dançando e se acariciando. Talia parecia um pouco preocupada quando veio ao meu encontro, perto do bar.

- Larissa, querida! Estive lhe procurando! Então, como foi?

- Não se preocupe, Talia. Sua novata é muito boa.

Vi uma expressão de alívio inconfundível em seu rosto.

- Ah, é o que dizem. Fico feliz que ela tenha lhe satisfeito.

- Bom, acho melhor ir para casa. Amanhã acordo cedo para o trabalho.

- Não quer experimentar outras? Ainda está tão cedo!

- Não esta noite Talia. Amanhã eu volto.

- Ok, querida. Uma boa noite!

Despedi-me de Talia e fui embora. Entrei no carro rumo à minha casa, enquanto dirigia um pouco distraída.

Afinal, eu havia tido o que queria. Tirei um atraso considerável com a mais nova garota da Casa, e ela era boa. Muito boa com a boca, principalmente. O que eu não esperava era conseguir gozar cinco vezes em uma hora. É claro que eu deveria atribuir esse fato ao meu atraso, mas eu já havia passado por isso antes. E nunca, NUNCA tive tantos orgasmos em uma única hora.

A Lefundes era mesmo boa.

Lembrei-me então dos hematomas espalhados por seu corpo. Aquilo explicava sua maneira de se vestir, que não deixava à mostra quase parte alguma dela. De fato, ela era muito clara. Devia ser fácil criar manchas em sua pele, ainda mais porque ela parecia ser tão macia e delicada.

E ela era macia. Muito macia. E perfumada. Um perfume diferente, mais suave que os das demais garotas. Lembrava amêndoas, o que, num misto de loucura e confusão de sentidos, combinava perfeitamente com ela. Tudo combinava estranhamente naquela garota, e a combinação dava água na boca.

Chegando em casa, tomei um banho prolongado e fui me deitar, já que estava sem fome.

Lembrei-me dos acontecimentos da noite. De como foi bom ter um corpo novo para explorar, e de como esse corpo me deu prazer.

Lembrei-me de como os hematomas me assustaram quando os vi em toda a extensão dela, contrastando fortemente com o fato de todas as cores dela estarem entre o bege e o rosa claro.

Linda... Uma puta linda. Embora não tivesse notado isso ao primeiro olhar, depois constatei que a beleza dela aumentava com o nível de intimidade que nós compartilhávamos.

Sorri ao lembrar de sua prepotência ao me dizer que ela me satisfaria, e que não aceitaria sexo anal. Sorri porque ela era teimosa, como nenhuma das outras eram. Todas eram submissas e estavam sempre sorrindo quando eu pedia algo grosseiro. Assentiam e faziam, sem contestar. Ohana, por sua vez, ditava suas próprias regras.

- Uma gatinha brava. - falei baixo comigo mesma. E já estava pensando em como seria a próxima noite e adormeci.

[...]

O dia passou como os outros: Sem objetivos, sem ânimo, sem distrações. Cuidei dos negócios como me cabia cuidar, dando ordens e assinando papéis. Foram doze horas de puro ócio e vazio, até o relógio marcar 20h e eu sair da empresa deixando alguns papéis ainda por assinar.

Dei partida no carro e fui direto para a Al Ghul, onde mais uma noite me esperava.

- Tive medo que você fosse desaparecer por mais três semanas. - Talia veio me recepcionar assim que entrei no lugar. Como na noite anterior, a iluminação fraca e a decoração em madeira davam ao ambiente o mistério e o calor que eu buscava.