OhanaAcordei com dores, de um sono sem sonhos.
Dores nos quadris, nos ombros, nas costas, nas pernas. Dores por dentro e por fora.
O sono me permitiu a falta de consciência por alguns segundos após eu ter acordado. Infelizmente, a consciência veio, e eu pude me lembrar da noite anterior.
Um rapaz bonito, inicialmente gentil. Um rapaz que pagou para ficar uma noite inteira comigo e que, ao final dela, me deixou em um estado deplorável.
Um rapaz que me violentou.
Toc. Toc. Toc.
- Hana! Está acordada?
Toc. Toc.
Eu não queria responder, e queria que Andy parasse de bater na porta. Sentia-me um lixo. Um nojo, um trapo humano.
- Hana!! Já são 13h!
Toc. Toc. Toc.
Levantei-me devagar, tentando as posições de minhas pernas, tentando não sentir muita dor. Ajeitei o cabelo com os dedos e fui abrir a porta. Andy estava em pé, com uma bandeja nas mãos, trazendo um prato de cereal e suco de laranja.
- Perdi a hora, Andy. - Falei, sem vida.
Sua reação quase fez com que ela derrubasse a bandeja com todo seu conteúdo no chão. O copo deslizou um pouco, mas ela se apressou a mantê-lo onde estava.
- Ohana ... O que...?
Ah, sim. Eu. Eu era o motivo por sua reação de espanto, de incredulidade. Eu deveria estar por fora o mesmo trapo que estava por dentro. Cheia de marcas, cheia de resquícios de uma noite violenta e cruel.
Sem a menor curiosidade de me ver no espelho, apenas abaixei a cabeça.
- Um cliente. Um pouco entusiasmado.
- Hana... Eu sei o que é um cliente entusiasmado! Eu já te vi depois de clientes entusiasmados! Isso é diferente!
Caminhei de volta para a cama e me deitei, puxando o cobertor. Andrea me seguiu, depositando a bandeja que segurava no criado mudo ao lado da cama e sentando-se nela, ficando perto de mim.
- Hana... O que aconteceu?
Sua voz, assim como ela, era gentil. Andy era a mulher que eu mais gostava na casa. Ela se precupava genuinamente com todas nós. Era uma amiga muito agradável e doce, embora eu a conhecesse há pouco tempo.
Mas a doçura na sua voz, o que normalmente me acalmava e me fazia sentir melhor quando algo ruim acontecia, dessa vez provocou outra reação em mim. A doçura de sua voz despertou em mim o rancor e o desespero do que havia acontecido.
E então, sem mais nem menos, me pegando completamente desprevenida, a vontade de chorar veio como um tapa, e eu não pude me conter.
- E-ele me pegou à força! - Falei alto, enquanto começava a soluçar com o rosto enfiado no travesseiro, como se pudesse esconder dela que chorava, um choro cheio de dor. Só dor.
- Oha... O que ele fez?
- Me obrigou a fazer... Me forçou a fazer o que eu não faço! O que eu nunca fiz! - Tentava controlar os soluços entre as palavras, mas a dor e a tristeza já tomavam conta de mim.
- Ah, não... - Ouvi Andrea dizer, em uma voz fraca e triste. - Hana, eu... Ah, merda...
- Gritei um grito abafado pelo travesseiro, tentando conter a dor no peito.
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My Dear Whore - Ohanitta
RomanceLarissa G!p (+18) Larissa Machado diretora de umas das empresas de publicidade da sua família, tudo que se limitava fazer era assinar alguns papéis. Com toda esperança de uma relação amorosa Real perdida, não demorou até se render ao álcool e as mul...