LarissaQUINTO MÊS
A manhã seguinte ao nosso casamento começou perfeita, mesmo que nada fora do normal tivesse acontecido. O simples fato de tê-la ali ao meu lado, dormindo, linda como um anjo, já era o suficiente para me deixar bem. Sua maquiagem, embora mais fraca, se mantinha perfeita. Seus cabelos estavam soltos, e tentei me lembrar em que momento da noite anterior eu havia desfeito seu penteado. O perfume de amêndoas parecia fraco se comparado ao perfume natural que sua pele emanava. Ela estava tranquila, respirando devagar, e o movimento de subida e descida que o peito dela fazia era um pouco hipnótico. Mesmo inconsciente, Ohana parecia feliz, e aquilo fez com que eu sentisse uma paz de espírito tão grande que, de repente, me dei conta de que poderia passar o resto da vida ali, daquele jeito, assistindo-a não fazer nada.
Mas em algum momento ela acordaria. E quando isso acontecesse, eu queria estar preparada. Era engraçado como me sentia disposta a parecer a melhor esposa do mundo para ela, e igualmente engraçado era o fato de que eu achava que realmente podia ser. Eu havia prometido a ela - e a mim mesma - que cuidaria dela para sempre, e sempre a faria feliz. Era uma das pouquíssimas promessas que eu havia feito a alguém algum dia, e seria talvez a única que eu realmente cumpriria.
Contra a vontade, levantei-me da cama e caminhei até o banheiro para um banho morno, tomando cuidado para não acordá-la. Ela ainda dormia na mesma posição quando voltei ao quarto. Escolhi uma calça de moletom qualquer e uma blusa folga para vestir e recolhi do chão as nossas peças de roupa, esquecidas na noite anterior, saindo logo em seguida.
Desci e preparei o melhor café da manhã que consegui, com café com leite , ovos, torradas, frutas, suco de laranja e chocolate. Não sabia de onde havia surgido aquilo tudo, mas só pude pensar que tinha um dedo de Lois, sempre pensando em tudo. Sentei na cozinha e comi distraidamente, tentando lembrar de todos os detalhes da nossa festa de casamento, mas só conseguindo lembrar sempre da mesma coisa: Ela. E de como ela estava maravilhosa. E de como eu me senti ao vê-la caminhando para mim, me aceitando, aceitando ser minha. E de como tudo parecia girar em torno dela de uma forma natural. E de como eu a amava.
Senti uma saudade boba de repente, como se estivéssemos longe há tempo suficiente. Coloquei em uma bandeja tudo que consegui e subi com ela para o quarto, sem pensar se Ohana já havia acordado àquela hora. Para minha felicidade, ela estava se espreguiçando em volta do edredom como um gato manso - e a melhor parte: completamente nua. Por um bom tempo tudo que consegui fazer foi admirá-la da porta, com a bandeja ainda na mão. Fiquei feliz quando ela não fez menção em se cobrir ao me ver ali.
- Bom dia. - Ela sussurrou contra o travesseiro, meio de bruços, me olhando com aqueles olhos perfeitos.
- Ótimo dia. - Respondi, deixando a bandeja no colchão ao seu lado e beijando suavemente suas costas - Com fome, Sra. Machado?
Ela escondeu o rosto e soltou um riso baixo, mas suficientemente alto para que eu ouvisse e me apaixonasse ainda mais.
- Estou Sra. Lefundes Machado. A sua filha está mexendo com o meu apetite.
Eu não sabia por que tudo que ela dizia fazia com que eu me derretesse, mas ouvi-la se referir à mim daquela forma definitivamente me deixou mais boba do que nunca. Quando Ohana virou de barriga para cima, fui tomada por uma vontade descomunal de agarrá-la e enchê-la de beijos, mas tudo que fiz foi beijar sua barriga.
- Ela anda muito quieta... - Comecei, espalmando minha mão ali, e como se fosse uma resposta à minha constatação, senti imediatamente um minúsculo chute.
- Acho que ela quer conversar.
- Ora... Bom dia, princesa.
Ao sentir mais um chute como resposta, sorri involuntariamente. Era claro que ela não estava me respondendo, mas era como se estivéssemos conversando, e essa pequena interação entre nós estava me deixando feliz como uma criança em véspera de Natal.
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My Dear Whore - Ohanitta
RomantizmLarissa G!p (+18) Larissa Machado diretora de umas das empresas de publicidade da sua família, tudo que se limitava fazer era assinar alguns papéis. Com toda esperança de uma relação amorosa Real perdida, não demorou até se render ao álcool e as mul...