OhanaTudo que eu estivera pensando antes daquele momento - qualquer medo, qualquer angústia, merda - tinha sido completamente esquecido. A dor no meu peito foi diminuindo rapidamente, até deixar de existir. Era como ter recebido uma dose de morfina que gradativamente fazia efeito.
Continuei na mesma posição, sem mover um único músculo, respirando como se aquilo precisasse de concentração. Estava quase silencioso: A respiração dela estava alta demais para não ser ouvida. Ela continuava de joelhos à minha frente, segurando debilmente a caixa com a aliança encaixada ali. O álcool a fazia bambear um pouco para os lados e piscar de maneira lenta, mas ela ainda me encarava com um certo medo no olhar.
Não sei por que fiquei em silêncio tanto tempo. Talvez porque não conseguisse falar. Talvez porque não visse necessidade em responder. Ela sentou em seus calcanhares, parecendo desapontada enquanto se apoiava nas minhas pernas.
- Você...pode pensar a respeito. - Ela começou, e o som triste da sua voz me fez piscar depois de muito tempo.
Eu poderia pensar a respeito, mas o fato era que não havia um único motivo para que eu devesse pensar. A proposta era muito simples: Eu poderia casar com a mulher que amava feito uma louca, formar uma família com ela, viver o resto da vida ao seu lado e ser feliz para sempre. Ou, poderia dizer "não".
Não era uma decisão muito difícil.
- Pensar a respeito? - Perguntei de maneira simples, em uma voz fraca - Larissa ... Você realmente... REALMENTE acha que eu tenho alguma outra resposta além de "sim"?
Ela pareceu se iluminar, fazendo uma cara de surpresa tão inocente e verdadeira que era difícil acreditar no fato de que sim, ela duvidava da minha resposta.
- Isso foi um "sim"? - Sua voz saiu um pouco trêmula, mostrando uma incerteza incrivelmente idiota.
- Óbvio. Isso foi um "óbvio". - Respondi no mesmo tom baixo e neutro, com medo de acabar em prantos caso adotasse uma outra postura.
Ela deu um sorriso lindo, me fazendo esquecer da sua insegurança, do teor alcoólico em seu sangue. Tudo que ela fez foi dar aquele sorriso, e meu coração simplesmente parou de bater por um momento. Em uma fração de segundos, tive uma vontade impulsiva de gritar tão alto que estranhei não tê-lo feito. Mas meu corpo, incluindo minhas cordas vocais, ainda estava anestesiado.
Ela segurou suavemente minha mão esquerda, trazendo-a mais para perto de si. Ainda sorrindo abobalhada, ela retirou com delicadeza a antiga aliança que eu mantinha no anelar há tanto tempo, e com a outra mão, encaixou ali a aliança de noivado. Encarei-a, tentando controlar a vontade de simplesmente me jogar em cima dela e chorar feito uma pamonha. Ela beijou demoradamente minha mão, e quando se afastou, deixou um rastro de sangue nela.
- Aahn Merda! - Larissa falou, tentando limpar a sujeira com a outra mão.
Sem pensar, puxei de qualquer jeito a encharpe que ainda estava no meu pescoço e, com cuidado, limpei o rosto dela. Inclinei sua cabeça para trás, tentando fazer com que o sangue parasse de escorrer. Ela não disse nada, mas me encarava como uma criança obediente e sonolenta.
Ela parecia indefesa, e vê-la daquela forma me deixou tão apaixonada que quando a vontade de tomá-la nos meus braços veio, não hesitei. Me aproximei dela e, segurando seu rosto, beijei-a carinhosamente nos lábios. Era como se o amor que eu sentia não coubesse dentro de mim e transbordasse.
Aprofundei o beijo, forçando minha língua contra a dela. Joguei a encharpe suja de sangue em qualquer lugar e prendi meus dedos em seus cabelos, deslizando para baixo e indo parar no colo dela, no chão.
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My Dear Whore - Ohanitta
RomanceLarissa G!p (+18) Larissa Machado diretora de umas das empresas de publicidade da sua família, tudo que se limitava fazer era assinar alguns papéis. Com toda esperança de uma relação amorosa Real perdida, não demorou até se render ao álcool e as mul...