Sophia ficou quase uma semana sem notícias de Micael e já estava em desespero por não conseguir nem saber se o namorado estava bem. Pensou em aparecer novamente na empresa, mas tudo o que menos queria no momento era dar de cara com Arthur.
— Me fala, eu sei que você sabe onde ele está. — Estava implorando a Rebeca no corredor por qualquer informação que fosse. — Eu estou preocupada, me ajuda.
— Se ele não atende as suas ligações, é porque não quer assunto com você, apenas aceita isso.
— Você não pode ser tão cruel assim, Rebeca, eu sei que gosta dele, mas... — Tentou buscar argumentos, mas, logicamente não tinha nada em mente. — Me diz, onde ele está.
— Já foi na casa do tio? Já foi na empresa?
— Você bem sabe que o tio dele não sabe que a gente está junto, preciso da informação correta pra não me expor atoa. — Observou a risada de Rebeca. — Eu não sabia que você era tão rancorosa.
— Não sou, mas se ele não falou com você, é porque não quer e só te resta aceitar a situação.
— Então me diz onde ele está, pra eu falar com ele e levar um fora. — Viu Rebeca considerar. — Assim você fica feliz e pode continuar comendo ele com os olhos, porque afinal é só assim que consegue mesmo. — Soou grossa e viu a careta no rosto da voluntária. — Tá legal, me desculpa.
— Está na casa do irmão. — Contou de uma vez para que Sophia largasse de seu pé. — Fernando me contou num desabafo, já que ele não me falaria também. — Avisou e Sophia sorriu, felizmente sabia bem onde Diego morava, já havia ido até aquela casa diversas vezes com Arthur.
— Obrigada. — Sorriu e saiu correndo, já passava das seis e com certeza encontraria Micael em casa.
Entrou no primeiro táxi que parou e deu coordenadas pra chegar no local, já que o endereço exato ela não tinha. Pagou com PIX e saiu do carro observando a bela fachada da gigantesca casa.
Caminhou até o portão e tocou o interfone, enquanto não era atendida passou as mãos pelos cabelos e pela roupa afim de parecer mais apresentável. Esperava a voz de algum empregado, mas pra sua surpresa, foi o próprio Diego quem abriu o portão.
— Oi, cunhada. — Disse com um sorriso aberto e Sophia franziu o cenho.
— O interfone tem câmera, vi que era você e vim atender. — Deu de ombros ao explicar. — A que devo a visita?
— Quero falar com o Micael e não minta, eu sei que ele está aqui. — Disse com um tom bravo. — Deixa eu passar.
— Eu deixo, mas você tem que saber que... — Ela não ouviu, apenas saiu entrando na casa pronta pra brigar com Micael por tê-la ignorado todos aqueles dias. Diego correu atrás doido pra presenciar o barraco.
— Escuta aqui Micael, você não tem direito nenhum de... — Chegou falando alto e com autoridade na sala, sem nem perceber que tinha mais gente ali, até ouvir uma doce voz que conhecia muito bem.
— MAMÃE! — Liz gritou empolgada ao ver a mãe ali em sua frente e logo correu para um abraço. A mulher olhou pro namorado sem entender o que a menina fazia ali com ele, e Micael apenas deu de ombros. — Eu te amo.
— Muito, muito, muito. — Sophia completou a fala e logo se abaixou pra abraçar a filha com mais força.
ANTES:
Micael estava a mesma semana sem aparecer na empresa, tinha combinado aquilo com o irmão, precisava ficar longe de Arthur, mas naquela noite, enquanto Micael, Diego e Mirella se preparavam pra jantar, Arthur chegou de surpresa com Liz, como sempre fazia.
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Doze Passos - Meu Anjo Da Guarda
Lãng mạnDepois de anos lutando pela reabilitação da esposa, Arthur acaba desistindo e a expulsando de casa. Sophia se viu perdida, sem dinheiro e sem poder ver a filha. Confiou em gente que não poderia e fez muito mais do que devia pra conseguir alimentar...