Capítulo 2- Presos no elevador.

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No outro dia eu já estava pronta. Tinha pego a camiseta, os documentos, listas e credenciais da Band e Formula 1. Estava suando frio mas era o que eu sempre quis.

— Nossa. Mas a minha neta, cresceu. — Disse minha vó na porta do meu quarto. Enquanto eu pegava a mochila.

— Promete que vai ficar bem, vó? — Perguntei para ela.

— Prometo. Qualquer coisa eu peço para a nossa vizinha. E você juízo.

— Eu prometo. Te mando as fotos depois. — Disse para ela dando um beijo na testa dela.

Arrumei o meu cabelo curto que às vezes tinha vida própria. Segui para o quintal esperando a van da emissora que logo apareceu no início da rua e parou em frente de casa.

— Tchau, vó. Até daqui a umas horas. — Disse para ela.

Ela deu tchau e a porta da van cinza com o logo da emissora foi aberto pelo câmera, Erick.

— Bom dia, Ana. — Disse ele.

— Bom dia, Erick. — Disse entrando e me acomodando no único espaço vago que tinha, ao lado da Mari.

— Meu Deus. É um prazer te conhecer. — Disse estendendo a mão para cumprimentá-la.

— Vai ser a minha estagiária. Estou feliz. Li algumas coisas que o Silveira me mandou. Você tem talento, agora quero ver se você se sai bem na frente das câmeras.

— Obrigada e vou tentar meu melhor.

— Isso aí.

Seguimos o longo caminho até o Tangará. Onde os pilotos sempre ficam hospedados. E fui conversando com a equipe, tinha rostos familiares e conhecidos. Mas chegou um momento em que tanto eu quanto a Mari ficamos concentradas conversando e formando as pergunta para os pilotos. Tínhamos feito o acordo que cada uma falaria um pergunta de maneira intercalada.

O trânsito de São Paulo parecia não ajudar. E minhas ansiedade parecia uma onda das praias de Nazaré em Portugal.

— Ana. — Chamou a Mari.

Olhei para ela, ela me olhava quase que de maneira maternal.

— Fica calma. Vai conseguir. Ouve música, ajuda a relaxar.

Segui o conselho da Mari. Peguei dentro da minha mochila meus fones rosas e meu celular, que se algum assaltante visse ia perguntar se não queria alguma mais novo que ele tinha roubado. Por ele ser velho.
Coloquei minha playlist delulu pra me acalmar e segui observando a apísagem cinza de São  Paulo, até uma area que eu nunca achei que pisaria. Área nobre. Onde ficava o Tangará.

Ele era lindo, e incrivelmente rico, me chamando de pobre em treze línguas diferentes. Eu estava literalmente de boca aberta.

— Bem vinda ao Tangará. — Disse Mari.

A van parou e fomos saindo dela e nos organizando. Iriamos fazer as entrevistas do lado de fora. Hoje seria Mercedez, Hass e Red Bull. Amanhã seria Ferrari, Mclaren e AlphaTauri. Os restantes já tinha sido entrevistado, mas sem um assistente para a Mari.
Estava ainda incredula com aquele lugar. Mas tinha que me concentrar para as entrevistas.

Seguimos pelos jardins e iria acontecer perto da piscina as exclusivas da Band.
Eu e a Mari nos preparamos e começamos as baterias de entrevistas. Lewis e George foram incríveis. Ambos depois da entrevista conversarmos comigo e a Mari. George teve a ideia de me colocar o apelido de filha da Mari, por eu estar seguindo os passos dela. Eles me seguirem no insta e por fora eu tentava mostrar postura mas por dentro eu pulava igual doida. Nico e Kevin eram uma pouco mais "timidos". E a dupla da Red Bull, Max e Checo foram por incrível legais também, Max super simpático fora das pistas e Checo as vezes parecia que travava o Google tradutor interno dele.

Bring me back to life. (CARLOS SAINZ) Onde histórias criam vida. Descubra agora