Capítulo 23 - Pedido de desculpas.

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                      Ana Carol pov.

Sentia o cheiro de hospital. Lentamente eu fui abrindo os olhos. Eu estava em um quarto de hospital e vi Sainz com a cabeça deitada em meu colo e segurando a minha mão esquerda.
Sorri ao ver meu namorado lá e passei a mão direita em seus cabelos. Fazendo um cafuné. Sentia Sainz acorda e olhar para mim. Seis olhos estavam inchados.

— Amor, Corazón. — Ele me abraçou. — Eu estava tão preocupado, meu Deus.

— Pelo visto eu tô bem, e eu vou descobrir por quê dos enjoous.

A feição de Carlos mudou. Ele pareceu ficar mais abatido. Com os olhos marejos.

— Carlos. — Um gosto amargo ficou em minha boca. — O quê houve?

— Ana Carol, você caiu da escada, certo. Os médicos descobriram que você estava grávida de um mês. — Ele fez uma pausa para olhar para o teto para tentar não deixar as lágrimas caírem  mas foi em vão.

Realmente a um mês atrás, eu vou Carlos acabamos transando sem proteção.

—  Estava? Não me diga que. — Fiquei com o peito pesado.

— Quando você caiu. O impacto fez com que você abortasse. — Ele se sentou ao meu lado na cama.

Eu não sabia o que falar, eu estava mal. O nosso bebê havia partido, por conta de eu querer descobrir o que aquela mulher estava fazendo com a minha sogra.

— Eu te conheço Ana e não foi sua culpa. — Disse ele olhando diretamente para meus olhos. —Você nunca teve culpa de nada.

Sorri franzindo o semblante enquanto as lágrimas caiam de nossos rostos.
A porta do quarto foi aberta. Carlos Sênior havia entrado no quarto. Ele tinha um feição de tristeza.

— Desculpe entrar assim, mas eu vim aqui, pedir desculpa pela atitude da mãe do Carlos. Ela estava cega, e.

— É suas desculpas eu aceito, mas dela? Parabéns, ela conseguiu que eu perdesse o primeiro neto de vocês.

O velho embranqueçeu. Ela ficou sem reação. Ouvi logos os salto da minha sogra que entrou no quarto com dez pedras na mão praticamente.
Meu sogro olhou para ela furioso.

— Você, tinha que fazer aquilo? Como pode ser tão baixa, Reyes? Com nosso filho e nora?

— Eu não confio nela e a Rebecca.

Quando ela tocou no nome daquela desalmada, eu não me segurei. Eu vomitei tudo que aquela maldita vaca escocesa fez conosco. O pai de Carlos não ficou em choque mas a mãe dele, parecia que ia desmaiar a qualquer momento.

— Reyes, já chega de tentar fazer seu filho casar com quem você quer. Eu estou cansado. Olhe o que você fez, ela estava grávida e a droga do se preconceito matou ele. — Disse o espanhol mais velho para esposa que parecia ainda não aceitar os fatos.

Até que ouço uma voz, bem familiar. Era minha mãe. Helena.

— Bem se ela não aceitar, por bem, vai ser por mal. Começando comigo. — Minha mãe puxou a de Sainz para fora do quarto pelos cabelos.

Olhei para Carlos vendo se ele iria atrás da mãe, mas pelo jeito até ele estava bravo com ela.
Meu sogro deu um passo para frente, chegando mais perto de nós, enquanto Hassan e Abdo entravam.

— Irmã! — Ele pulou entre mim e Carlos.

— Cuudado Abdo oara não machucar a sua irmã e seu cunhado. — Reoreendeu Hassan que ainda estava com sangue nos olhos.

Carlos deve ter contado para ele o que houve.

— Cara, Abdo, tem que parar de crescer, desse jeito vai dar até pra jogar basquete.

— Só se for para o time do Líbano. — Disse o menor recebendo um cafune que bagunçou a cabeleira dele.

— Olha terá nosso apoio  — Disse Carlos para Abdo.

— Desculpa me intrometer, mas você é o Hassan com quem eu conversei? Pra transferir a menina Ana para o hospital no Brasil?

— Sim, prazer em conhecê-lo  Ana é a minha filha, não de sangue, mas de coração.

— Sinto muito o que minha esposa fez com Ana. — Disse meu sogro. — Sei que não tem explicação humanamente aceitável  mas espero que vocês perdoem ela.

Nisso ouvimos os seguranças pedindo para minha mãe soltar a mãe do Carlos e vice-versa. Mas ambas disseram não e só ouvimos elas sendo separadas e levadas para fora do hospital.

— Acho melhor intervir. — Disse Hassan. — Abdo, venha.

O menor saiu da cama e seguiu o pai para fora do quarto. O senhor Sainz fez o mesmo.

— Ainda temos a última corrida na Espanha. — Disse Carlos.

— É. GP de Madrid. — Respondi.

— Vamos ficar na casa dos meus pais e depois  para nossa casa, quando a temporada acabar. —Disse ele.

— Nossa casa?  — Perguntei.

— É, você é minha namorada, futura mulher e futura mãe dos meus filhos  Então é nossa. — Disse sorrindo.

Eu sorri e dei um leve beijo em Sainz.

— Será que eu estou pronta para ser uma Sainz?

— Está, mas será que eu estou pronto para ser um Morgado?

— Hum...está, está sim. — Sorri para ele.

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Mais tarde fui liberada pelos médicos. Só pediram para eu repousar por dois dias e eu estaria melhor. Para garantir eles pediram oara eu ir no ginecologista depois.
Carlos disse que iria me levar no da irmã dele. Que ele era de confiança.
No hotel eu só queria um banho.  Já que a roupa que eu estava usando tinha ido de arrasta pra cima. Felizmente minha mãe trouxe algumas mudas de roupas com ajuda da Mari, antes de eu ir.
Meu sogro que levou nos dois para o Hotel novamente. Iriamos mais para arrumar as coisas para de tarde ir para Madrid.
Carlos não me soltava de jeito nenhum, e aquele abraço era a coisa que eu mais precisava no momento. Senti um aconchego do meu namorado que estivesse lá pra mim. Mesmo assim eu sentia um pouco de tristeza.
Tanto meus pais quanto os de Carlos, concordaram de não falar nada para a imprensa. Até porque Helena e Hassan conseguem ser bem assustadores quando querem.
Eu e Carlos seguimos quietos até o hotel. Apenas querendo a companhia um do outro. 

— Eu te amo, Ana. — Sussurou em espanhol.

— Eu te amo, Carlos. — Respondi sussurrando em português para ele.

Bring me back to life. (CARLOS SAINZ) Onde histórias criam vida. Descubra agora