Capitulo 20- Surpresa

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Eu já estava liberada para pegar avião novamente. Depois de meses eu podia pegar um vôo e ir para meu habitat natural que eram as corridas.
Ficar apenas observando, vendo edit, principalmente meu e do Carlos. Que por incrível que pareça, 99% dos fãs amavam ver a gente juntos. E justamente eu iria fazer uma surpresa pra ele com ajuda do Charles e da Mari.
Ligação de vídeo não era a melhor coisa, mas dava pra matar a saudade.
O plano deles era dizer que eu não tinha sido liberada pelo médico e apenas iria voltar na corrida da Espanha, mas eu seria um dos presentes.
Ideia louca, eu sei. Mas o que esperar vindo do Charles.

— Você vai dar um perfume da Natura pra ele? — Perguntou Antônio, incrédulo enquanto eu terminava de guardar as coisas para na minha mala.

— É. Uma da vezes que ele teve semana de descanso da corrida, ele veio me visitar, fomos ao shopping porque meu body splash tinha acabado e ele disse que tinha gostado desse perfume. — Expliquei. — Presente br de uma br.

Meu amigo apenas bufou.

— Para com isso! — Reprendi Antônio.

— Podia ter sido algo mais chique né.

— Quando você tiver um boy você de algo chique para ele. — Disse mostrando a língua.

Antônio arregalou os olhos.

— Guarda essa língua. Ou eu vou cortar, e eu sei o quanto o Sainz gosta dela. — Brincou.

Bati na cabeça dele com minha bolsa de mão. Ele reclamou mas dei de ombros.

— Idiota. — Disse indo para fora de casa. — Cuida de tudo enquanto eu estiver fora.

— Pode deixar, florzinha. Só vai e pelo amor não engravide. Não quero ser tio antes dos 30.

Olhei para ele seria.

—Não prometo nada. — Disse cruzando o portão para entrar na van.

Antônio me olhou com cara de tacho. Era uma careta digna de figurinha.
No caminho, eu já estva acostumada. Fui até o aeroporto, segui direto pra Barcelona. Minha mãos começaram a suar. Eu ia voltar! Meu deus, eu estava voltando  a trabalhar e para finalmente ver Carlos. Quase um mês sem ver ele estava me deixando doida.
Ao chegar no aeroporto, liguei para Charles.

— Oi, mãe. Sim, está tudo bem. Não esqueci seu ingresso. Licença, gente. — Disse Charles do outro lado da linha.

Ouvi como se fosse passos dele e a preta batendo.

—Mãe? — Perguntei rindo.

— Para com isso, eu estava com o Carlos em reunião com os engenheiros.

— Tá,tá. Eu cheguei Leleco. Onde que eu posso deixar as coisas? — Perguntei andando meio desengonçada com a mala e a bolsa.

— Tá, vai para o Hotel. Que depois daqui vamos para aí. A Mari vai te ajudar. — Disse o piloto.

— Tá, mas olha se eu sair de um bolo igual aquelas moças em despedidas de solteiro eu corto suas bolas, que nem Monebola vai ser o seu apelido, Monegasco. — Disse para ele estressada e me perguntando onde eu estava me metendo. 

— Calma, vai dar bom. Confia.

— Esse é o meu medo.

Desliguei e a van que iria me levar até lá estava no aeroporto. Segui para o Hotel, como sempre fazia.
No saguão a Mari estava me esperando e eu fui até ela que me colocou um boné da Mercedes dela. Nem consegui arrumar o boné, melhor, por ela me abraçar fortemente.

— Minha menina, Aninha. Que saudade. — Admitiu ela.

Ela se afastou e me olhou, analisando cada mudança que sofri durante o tempo que fiquei fora.
Ela olhou para os lados e já me puxou pelo cotovelo até o elevador.

Bring me back to life. (CARLOS SAINZ) Onde histórias criam vida. Descubra agora