Capítulo 25 - Decisão.

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— VOCÊ AINDA NÃO ACEITOU? — Gritava Antônio do outro lado do telefone.

— Quer parar de gritar? — Disse dentro do banheiro do paddock.

— Não, eu não vou parar de gritar, até você dizer sim para aquele homem gostoso do caralho que é seu namorado e que você viveria de boa só com pau e água.

— Pelo amor de Deus, Antônio. — Bufei, mesmo sabendo que era verdade. — Eu não sabia o que falar. Eu fiquei com medo. Tá feliz, eu tô com medo.

— Medo do que mulher?

— Dele querer casar comigo, só por conta do que houve. Ou eu ser um desastre como uma Sainz. Ou sei lá, arrumar dois acessório de cabeça. Ou sei lá. Acho que não estou acostumada com isso.

— Amiga, Ana Carol. Respira. — Disse Antônio com tom sereno, quando ele ficava assim significava que ele iria dar algum conselho bombástico. — Só porque você acha que não merece um amor tão lindo como o do Carlos, não significa que seja mentira.

Realmente, meu medo estava me fazendo esquecer que esquecer que Carlos é o cara certo pra mim. Sem ele eu não sou nada, eu não me sinto viva.

— Toni. Obrigada. — Disse para ele antes de sair do banheiro. — Você me deu o chaqualhão que eu precisava.

Ao sair do banheiro, quase sendo um acaso do destino, esbarrei em Carlos. Meu namorado estava tenso, desde ontem ele estava tenso por eu não ter respondido ele.
Carlos já estava com a roupa de corrida, co. O macacão na cintura e a blusa preta da Ferrari.
Realmente eu só iria viver de pau e água com esse homem.

— Carlos, preciso conversar com você. — Pedi para ele.

— Não posso, tenho que arrumar as minhas coisas para corrida. — Disse ele dando as costas para mim.

Meu sangue ferveu, ele sabia o quanto eu odeio quando ele faz isso.

— Carlos! — Disse indo atrás.

Ele deu de ombros e continuou. E eu continuei chamando até que meu sangue subiu mais pela cabeça e mostrei o lado esquentado da minha família.

— Carlos Sainz Vázquez de Castro Cenamor Rincón Rebollo Virto Moreno de Aranda Don Per Urrielagoiria Pérez del Pulgar! — Disse alto no meio do paddock. Todos olharam para mim, até Carlos com toda a marra  que ele estava, olhou para mim com os olhos arregalados e um tanto quanto assustado. — Você vai falar comigo, agora, ou eu não me chamo Ana Carol Morgado.

— Eu não sou o Carlos, mas se eu fosse você, eu iria. — Disse Drugovith termi ando de encher a garrafa de água. — Não se diz não para uma brasileira.

Carlos bufou e veio até mim. Senti seus dedos envolverem meu braço direito levemente e me puxar até uma sala de reunião que tinha lá. Depois de entrarmo, pareceu que o mundo lá fora voltou a funcionar.

— O quê é tão importante para fazer aquilo? — Perguntou cruzando os braços com as sombrcanelhas quase se juntando.

Ele tava puto da vida. Senhor, estava chegando em água perigosas.

– Eu aceito. — Disse por fim sentindo um peso sumir dos meus ombros.

— Que? — Ele relaxou as feições.

— Eu aceito, o seu pedido de casamento. — Disse para ele por fim.

Ele veio até mim e me abraçou fortemente. Me tirando até do chão. Mas logo me colocou devolta mas não me soltou de seus braços.

— Por que você demorou para me responder? — Ele selou meu rosto gentilmente entre as mãos.

— Eu estava com medo. Medo de não suprimir as expectativas da sua família e medo, de algum jeito, de não merecer o seu amor. — Disse olhando para aquele par de olhos castanhos que pareciam retomar o brilho.

Bring me back to life. (CARLOS SAINZ) Onde histórias criam vida. Descubra agora