Hoje era um dia importante para Ferrari e para mim. Eu tinha que fazer pontos. Minha permanência na Ferrari dependia disso.
Percebi que a Ana não estava com a equipe da Band. Achei estranho.— Mari. Onde está a Ana Carol? — Perguntei.
— Ela acbou se atrasando, deve estar vindo. Disse que pegou um carro por aplicativo. — Disse Mari.
Aquilo não me parecia certo estava com um mal pressentimento. Ana nunca se atrasava para nada.
Pelo menos Rebecca não estava por perto para me encher o saco. O ar quando ela estava longe parecia mais leve. Ficaria ainda mais leve se a Ana estivesse aqui.
Seria a qualificação hoje. Precisava ficar entre os 3 primeiros.
Eu já estava vestido com o macacão fechado quando vejo que todos da Scuderia na frente da televisão. Depois na parte de trás do Paddock, vejo a Mariana sendo carregada pela equipe dela. Ela falava algo em português que eu não entendia por ela estar falando rápido e chorando.
Me aproximo da televisão e quando vejo a notícia meu coração para. Em uma estrada perto do autódromo havia tido um acidente entre um carro e uma caminhão. O caminhão fez, uma ultrapassagem indevida e acertou o carro em cheio. O motorista havia morrido mas a passageira estava em viva em estado grave.
A imagem seguinte fez entrar em desespero. Os bombeiros tirando a passageira dos escombros do carro e focaram na vítima. Era a Ana, a minha Ana. Ela estava toda ferida com vários machucados pelos braços e a camiseta da Band estava manchada de vermelho.
Tudo pareceu ficar devagar ao meu redor, o chão parecia areia movediça. Meus joelhos fraquazaram mas Charles me segurou, meu peito ardia de tal forma por imaginar um mundo sem ela.— Carlos. Carlos. — Chamou Charles que me trouxe de volta para a realidade.
— Charles. Ela, não pode morrer. — Disse sentindo os olhos aderem pelas lágrimas que queriam sair.
—Ela, não vai. Sabe o que você vai fazer? Se acalmar, e vencer essa qualificação e a corrida de Monza pela nossa Aninha. Pela sua Corazón.
Ela ia querer me ver ganhando. Mas sabia que podia fazer algo a mais para ela. Monza podia ter bons hospitais, mas não os melhores que fariam de tudo para salvar ela, ainda mais por ela ser aos olhos dos médicos apenas uma brasileira.
— Andrea. — Chamei por um dos nosso colegas da Scuderia. — Pega meu celular.
— O quê você vai fazer? — Perguntou Charles me soltando ao ver que eu estava de certa forma estável.
— Ajudar a salvar ela.
Andrea voltou com meu celular em mãos. Peguei o aparelho e disquei para meu pai.
Estava impaciente, mas felizmente ele atendeu rápido.— Carlos, esta tudo bem? O que houve?
— Pai, preciso da sua ajuda. Uma amiga minha, jornalista da Band, sofreu um acidente grave. Preciso que você ache uma maneira dela ir para o melhor hospital do Brasil.
— Ok. Isso vai ser um pouco complicado, você não teria nenhum parente dela no Brasil que poderia ajudar a facilitar esse processo?
Olhei para Charles e lembrei da mãe de Ana que tinha se casado com um cara bom de grana, como ela disse.
— Charles, você sabe por acaso o nome da mãe da Ana?
— É Helena Morgado Yossef. Antônio falou bastante dela e não de jeitos bonitos.
— Ache a Helena Morgado Yossef, fale pra ela que a filha precisa dela. Pra ela ser mãe uma vez na vida para Ana.
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Bring me back to life. (CARLOS SAINZ)
FanfictionAna Carol, era uma estagiária de jornalismo da Band mas com o sonho de se tornar a futura Mariana Becker e trabalhar com ela era tudo que ela pedia aos céus. Mas por uma virada de sorte ou um tornozelo torcido, Ana consegue ser tornar estagiária e...