Capítulo 17- Nunca mais partir.

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Ana pov.

Os pilotos tinha uma semana de descanso antes de irem para o México.
E eu felizmente iria tirar o gesso, hoje. Três dias depois da corrida. Já estava quase arrebentado aquele treco na porrada.
Foi tranquilo tirar ele. Tudo bem que fiquei olhando para o lado enquanto o emfermeiro passava a serra para abrir.
Quando estava esperando para retornar para o médico o meu celular vibrou.

- Calma aí, Helena. - Disse pegando ele do bolso da calça.

Vi que era o Carlos. Minha intuição pedia para eu atender e ignorar minha razão.
Bufei e cliquei na tela para atender.

- Oi, Carlitos.

- Já, disse que eu amo que você me chame assim?

- Já. O que houve?

- Quando você volta pra casa?

- Vai demorar um pouco.

- Tá, eu espero. - Disse ele. - Me avisa quando chegar em casa.

- Como assim? Sainz?

Ele desligou.

- Esse espanhol ainda vai me matar.

Segui para a consulta que seguiu normalmente. Minhas costelas já estavam cicatrizadas, mas eu poderia ainda sentir dor. Ainda teria que esperar três meses para voltar.
Voltei para casa mas Helena disse que eu teria de ficar sozinha hoje. Ela ia ter um jantar com a família do marido. Eu apenas dei de ombros e dei um graça a Deus mentalmente por passar a noite sozinha igual um heremita.
Mas mandei mensagem para o Carlos que ele tinha pedido e disse que estava indo para casa.
Durante o caminho eu só pensava em tomar um banho e ler um livro. Ouvi música até o talo e pedir pizza. Nada mais.
Ao chegar em casa, me vi livre. Fui até o rack da sala para pegar a caixinha de som vermelha. Liguei e conectei ao meu celular.
Daqui pra frente só pra trás.
Fui tirando as roupas enquanto ia até o banheiro da casa.
Abri a água gelada pelo calor que sentia e para tirar o cheiro de hospital. Aquele banho estava sendo quase que um ritual pra mim, mas que fui interrompido com alguém tocando a campainha freneticamente.
Caralho essa merda vai emperrar que vai ficar tocando sem parar.

- Já vou! - Gritei até a minha garganta arder.

Fechei o chuveiro e seguei o corpo e o cabelo com uma toalha. Eu não ia pegar roupa limpa agora. Peguei um roupão branco, que era figura decorativa do banheiro, que ficava pendurado atrás da porta.

- Que inferno. - Bufei indo até a sala e parando a música.

Ao olhar pela jenale da frente quase cai pelas pernas bambas.
Sainz estava do lado de fora. Apoiado no portão com uma camisa polo vermelha, calça jeans e tênis preto. Ele olhava para o lado vendo se vinha alguém, felizmente era deserta a minha rua.
Tomei coragem e fui atender ele. Peguei as chaves e segui para fora de casa. Notei o olhar de surpreso, talvez de espanto do piloto ao me ver de roupão indo atende-lo.

- Nem um piu. - Disse abrindo o portão para ele fechar e depois fechando ele rapidamente quando ele entrou. - Vem.

Sim, eu fiz Carlos Sainz, meu crush da fórmula 1, 6 anos mais velho e quem tirou minha virgindade entrar dentro da minha casa, comigo só com um roupão. Eu devia estar muito louca.
Eu fechei a porta da sala quando entramos e percebi que Carlos observava a casa com muita atenção, principalmente os porta-retratos que ficavam na parede ou no rack.

- Você era fofinha. - Disse ele apontando para uma foto minha no meu primiero dia de escola. Eu devia ter uns três quatro anos.

Meu Deus, me ajude.

Bring me back to life. (CARLOS SAINZ) Onde histórias criam vida. Descubra agora