Capítulo 22 - Apenas pessoas da família.

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No dia seguinte, eu acordei me sentindo melhor, mas percebi que Carlos não estava no quarto. Olhei ao redor e vi uma folha de papel com  um recado dele.

" Amor,
   Fui fazer o seu café da manhã. Voltarei o quanto antes.
Bjs,
Carlos. "

Ao terminar de ler, Carlos adentrou no quarto. Ele estava com uma calça jeans e camiseta preta.

— Bom dia, Amor. — Disse ele, deixando o meu prato na mesa.

— Bom dia, Carlitos. — Disse sonolenta.

Meu corpo acordou quando ele me deu um selinho demorado.
Sorri.
Eu felizmente me sentia um pouco melhor. Saí da cama e fui lavar o rosto no banheiro. A água fria na minha pele deu uma sensação de paraíso refrescante.
Eu podia ouvir Carlos cantarolando uma música em espanhol. Ele tava feliz.
Eu voltei para o quarto e me sentei na mesa e vi que ele tinha trago panquecas e bacon. Sorri como se aquele prato fosse de algum restaurante premiado. Carlso se sentou ao meu lado e me observou comer.

— Amor, Sainz, não vai comer?

— Não, já comi, Corazón. — Disse ele me olhando bobo.

Eu desviei o olhar envergonhada. Sentia a mão de Carlos segurar a minha esquerda enquanto eu comia.

— Nossa, Carlos. — Disse comendo as panquecas. — Parece muito as suas panquecas.

— Porque são. — Disse sorridente. — Eu pedi para o chefe me deixar utilizar a cozinha e ele deixou.

— Nossa, Carlos, não precisava de tanto trabalho. — Olhei para Sainz.

— Precisava, você não está bem. —Disse o espanhol, colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

— É, mas eu tô um pouco melhor e tenho ainda algumas coisas pra organizar paras próximas corridas e.

Carlos me interrompeu com um beijo, que me pegou de surpresa. Ele me puxou da cadeira que eu estava para seu colo.
Meu corpo se acendeu enquanto o espanhol segurava meu corpo fortemente e eu podia aproveitar os beijos daqueles lábios macios que Sainz tinha.
Mas tivemos que nos separar pela falta de ar e pela consciência bater na porta da cabeça de Carlos.

— É, melhor. — Ele estava ofegante e olhava para meus lábios e olhos. — Pararmos ou vamos acabar na cama e do jeito que estamos vamos acabar fazendo um novo CPF como seu amigo fala.

Soltei uma risada pelo cometário de Sainz.

— Ai, ai. Que dor.

—  Que? Onde dói, vamos para o hospital. — Carlos ficou preocupado.

— Não, tava doendo minha barriga de rir. — Expliquei tentando acalmar Carlos.

Ele relaxou os ombros e riu soprado dele mesmo.

— Vou me trocar, arrumar e já podemos ir.

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Vesti uma camiseta branca e uma calça jeans, ia ser coisa rápida, então eu mal passei uma água no rosto e escovei os dentes pra ir no hospital com Carlos.
Ao sair do nosso quarto percebi que no quarto do lado, dos meus sogros, estava tendo uma discussão até que a porta se abriu revelando a modelo da fofoca com a mãe de Carlos atrás pedindo pra ela se acalmar.
Mas é agora que eu tiro a história a limpo.

— Ei, tu é aquela modelo da fofoca. Quero tirar uma duvida com você e. — Comecei, mas ela nem esperou, começou a correr para as escadas de emergencias.

Ótimo.

Fui atrás dela, correndo e pedindo pra esperar. Percebi que Carlos ficava pedindo pra eu esperar ele, mas eu estava era com vontade de bater nela e na mãe dele.
Eu fui seguindo ela nas escadas e quando eu quase peguei ela, puxei alguns fios loiros daquela cabeleira, eu acabei tropeçando e rolando as escadas. Só sei que eu senti minha cabeça e minha barriga doer, antes de eu apagar.
Eu consegui ouvir Carlos me chamar, mas a voz estava longe até não ouvir nada.

                              Carlos pov.

—Ana! — Gritei por ela, estava descendo as escadas quando vi ela caída no chão, entre os andares 5 e 4.

Corrida desesperado até que eu cheguei perto dela. Ela estava pálida e reparei que em sua calça jeans havia sangue e ela devia ter batido a cabeça.
Meu Deus, não, não com a minha Ana.

Peguei o meu celular e ligue para Lando, ele devia estar no térreo, ele iria sair pra comprar alguma coisa.

— Carlos, o que houve? — Perguntou.

— Preciso de ajuda, Ana caiu e está sangrando, preciso que nos leve até o hospital.

— Venha, vou esperar na entrada hotel.

Desliguei e peguei minha namorada no colo. Desci as escadas até o térreo, segui pelo Hall do hotel até a entrada onde Lando estava.
Eu estava desperado. Não podia perder ela, não de novo. Não agora  que estávamos bem.

— Entra aí, Carlos. — Disse ele ligando o carro enquanto eu entrava nos bancos de trás com a Ana Carol em meu colo.

— Aninha, fica bem amor, por favor.

Lando seguiu a toda velocidade até o hospital.
Eu não tirava os olhos de Ana, o mundo ao redor para mim, naquele momento, era nada. Meu mundo é a Ana Carol. Parecia que nada nos ajudava a ficar juntos.

Depois de algum tempo, Lando me chamou.

— Chegamos, amigo. — Disse Lando.

— Obrigada. — Agradeci descendo do carro com a Ana em meu colo.

Fechei a porta e segui para dentro do hospital.
Ao chegar na recepção, eu pedi para a moça que ajudassem minha namorada que ela havia caído da escada do hotel e que estava sangrando e desacordada.
Ela chamou alguns médicos que me fizeram colocar Ana em uma maca que começaram a levar ela para dentro do hospital mas me impediram.

— Eu sou o namorado dela. Por que não posso acompanhar ela? — Perguntei sentindo os olhos arderem.

— Desculpa, senhor, apenas família. — Respondeu um dos médicos antes de Ana desaparece do meu campo de visão, após a porta se fechar.

Merda. Só família pode entrar? Ok.
Peguei o meu celular e liguei para a pessoa que poderia botar aquele hospital a baixo.

— Alô? Hassan. É o Carlos, preciso da sua ajuda e que você venha ate Barcelona. — Não consegui conter as lágrimas. — A Ana Carol rolou as escadas.

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Olá, meus leitores.
Tudo bem? Espero que sim.
Gostaram do capítulo? Não esqueçam de curtir e comentar pra eu saber se a história tá sendo legal para vocês.

Até o próximo capítulo.

Bring me back to life. (CARLOS SAINZ) Onde histórias criam vida. Descubra agora