CHAPTER 2

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"A ARTE É A FORMA MAIS FÁCIL
DE SE EXPRESSAR OU DIZER ALGO"

A tríbrida caminhava até seu quarto depois de ficar algumas horas com as gêmeas, pegou finalmente as chaves com Alaric, e pela primeira vez em semanas voltaria pra seu quarto, a primeira noite de volta havia passado no quarto das gêmeas e agora que Alaric finalmente havia voltado, ela voltaria tambem, ao seu próprio quarto.

Ao abrir a porta, é saudada por uma brisa fria. Mesmo para um lobo, que naturalmente é quente, ela sente o ar frio, e parece vazio, tão vazio. Ela não sabia por que esperava algo diferente, assim como esperava que um pequeno pedaço de quem ela costumava ser permanecesse. Alaric havia queimado suas coisas, e agora os únicos pertences que ela tem são roupas que ela pegou emprestadas com Josie e comprou após ver Freya, quando sua memória voltou. O material escolar básico de quando ela estava na Escola de Mystic Falls. Mesmo que aquela escola não fosse a Salvatore, ainda assim lhe trouxe algum conforto durante um período tão difícil de sua vida. Algumas pessoas lá a ajudaram a continuar quando todos os ossos de seu corpo queriam desistir, e, uma parte dela sentirá falta de alguns aspectos disso, começar de novo, onde ninguém sabe quem ela é, e, o que ela é, onde ninguém poderia conectá-la aos erros de sua família e onde não há pessoas que a vem de forma diferente por causa disso. Hope havia também amigos normais, humanos. Mas aquela vida... Mesmo que estivesse bem, não era a que ela queria, ela poderia ter fingido, mas não teria sido a mesma coisa, não seria o mesmo que ficar na escola Salvatore e sem ter seus amigos de volta.

Finalmente, Hope cria coragem para entrar no era seu quarto, sentindo como se o som de seus pés batendo no chão de madeira fosse mais alto do que costumava ser. Ela coloca o que tinha em seus braços na mesa, deixando lá. Ao abrir o armário, tudo o que ela vê lá dentro é um pedaço do uniforme padrão da Escola Salvatore que Alaric deixou lá. Hope olhava para as paredes lisas, lembrando-se das fotos e das pinturas que existiam e cobriam o local. Ao seu pé passar por cima de uma tábua de madeira do piso, que range mais alto que o resto, ela se lembra do porquê do barulho. Ajoelhando-se, ela puxou a tábua após fazer um feitiço simples para que soltasse e sorriu ao ver o estava guardado escondido embaixo do piso. Aquele sempre foi um pequeno esconderijo de Hope, que apenas ela sabia da existência, nem mesmo seu ex-namorado, Landon, sabia do local onde guardava os seus bens mais importantes, e ficava contente que ninguém havia descoberto, pois, permaneceu intocado ao longo dos meses em que estivera fora. Hope pega um grimório antigo que está por cima, de folhas de papel aleatórias. Ela vasculha tudo, com um pequeno sorriso no canto dos lábios, seus olhos avistam outra coisa, o que parecia ser a foto de uma pessoa, que só via a cabeça até em tão.

Hope lembrou-se que guardava ali a maioria de suas fotos, que ela queria guardar para si, longe de olhares curiosos. Ela tira a foto, acariciando a imagem e passando o polegar no rosto de seus pais. Desejando que eles ainda estejam aqui, para ajudá-la nisso, para abraçá-la quando acordava de pesadelos com Malivore, para dizer a ela que a escuridão não é real. Malivore ainda estava fresco em sua mente, e parecia que não iria sair tão cedo, parecia permanecer ainda lá, esperando para atacar. Para atacar sempre que ela virar uma esquina ou quando ela caminhar por um corredor escuro. Hope há um tempo aceitou que isso era algo com que ela teria que conviver, embora isso não torne as coisas mais fáceis, ela tentava ser o mais realista possível, já que ela nunca fora boa em ser otimista, preferia sempre esperar o pior das coisas. As lágrimas nublavam sua visão, então ela se levanta do chão onde estava sentada e se moveu até estar em sua cama. Era confortável, continuava com seus antigos lençóis.

Um simples feitiço de invocação traz a ela um bloco de notas e um lápis, e nas horas restantes antes do toque de recolher, ela planejava desenhar. Mesmo quando seus olhos estão colados no papel, ela conseguia sentir como seu quarto estava vazio e ela odiava isso mais que tudo no momento, ela simplesmente odiava, ela odeia o fato de como parecia tão frio, essa sensação, os calafrios que percorrem seu corpo, eram estranhamente tão familiares, era muito parecido com o que ela sentiu quando Hollow tinha o controle sobre ela, agora, ela tinha o mesmo sentimento de solidão, de que havia experimentado quando estava em Malivore.

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