CHAPTER 16

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"VINGANÇA É A
ÚLTIMA QUE MORRE"


Lizzie acordou antes de Hope, esfregando seus olhos, sente uma fração de esperança de que o que ela lembra tenha sido apenas algum tipo de pesadelo. Mas, à medida que a névoa do sono começa a se dissipar, a realidade se impõe com uma brutalidade esmagadora, percebe que não está em seu próprio quarto, mas no de Hope. A dor afunda ainda mais em seu peito quando ela se lembra que Josie, sua irmã, sua gêmea, não está mais com elas. Como ela deveria se acostumar com isso? A ausência de Josie é um buraco enorme em seu coração, um buraco que parece engolir tudo ao seu redor. Lizzie se levanta, os passos pesados e desajeitados, se move para usar o banheiro de Hope. Mas, enquanto caminha, algo no peitoril da janela chama sua atenção. É um estranho envelope marrom, colocado cuidadosamente na prateleira interna da janela de Hope. Lizzie sente um calafrio percorrer por seu corpo todo, exatamente igual aos que a tribrida tinha tido nos últimos dias, mensagens enigmáticas que trouxeram nada além de angústia e mistério. Ela não hesita, corre de volta para Hope, seu coração martelando no peito, e começa a sacudi-la com urgência.

— Hope, acorda! — Ela exclama com a voz num misto de medo e excitação, precisava que Hope visse aquilo, naquele mesmo instante.

Ela acorda com um sobressalto, os olhos azuis piscando enquanto ela tenta entender o que está acontecendo. Sentada na cama tentando entender o que estava acontecendo olha para Lizzie com um olhar de dúvida e indignação.

— Você está bem? — Com sua voz suave e cheia de uma preocupação latente pergunta Lizzie.

— Aham, só não estou acostumada a ser acordada de repente assim, só isso. — Responde, piscando várias vezes para clarear a visão, tenta sorrir para tranquilizar Lizzie, mas o sorriso morre em seus lábios quando ela vê para onde Lizzie está apontando. Ela corre até o envelope com uma rapidez frenética, seu coração disparando enquanto suas mãos tremiam sem parar.

Rasga o envelope, arrancando o conteúdo de dentro. Seus olhos queimam em um tom dourado enquanto ela lê as palavras escritas no bilhete:

Você não achou que nosso jogo tinha acabado, achou? Venha me encontrar, Mikaelson. Traga seus amigos se quiser. Tenho certeza de que você consegue descobrir para que serve o sangue :)

Hope sente uma onda de fúria subir por seu corpo, seus olhos assumindo um brilho intenso.

— Sangue? — Ela murmura para si mesma, com um movimento rápido, ela abre o envelope ainda mais e, com certeza, há um pequeno frasco de vidro com um líquido vermelho espesso dentro. Lizzie, que está espiando por cima do ombro de Hope, sente o estômago revirar ao ver o frasco.

— O que você acha que isso significa? — Diz olhando para Hope em um sussurro cheio de medo. Que faz Hope balançar a cabeça, tentando organizar seus pensamentos em meio ao caos em sua mente, respira fundo, tentando controlar a torrente de emoções.

— Eu não sei, mas o sangue deve ser uma pista — diz Hope, sua voz firme, mas com um traço de hesitação. — Podemos usar isso para lançar um feitiço de localização.

Não perde tempo, esse bilhete era claramente uma provocação, uma isca clara, mas Hope está cansada de ser um peão neste jogo cruel. Ela apenas queria respostas, e, acima de tudo, queria justiça por tudo que Josie havia sofrido nas mãos daquele vampiro maldito.

— Vamos continuar com o feitiço então. Você pega o mapa, eu pego o grimório — Hope ordena, sem perder um momento. Lizzie assente rapidamente e corre para pegar o mapa, enquanto Hope busca seu grimório de feitiços. Elas sabem que precisam agir rápido, antes que a chance de encontrar o assassino de Josie escape mais uma vez.

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