Feelings

CHAPTER 8

"O DESTINO AMA TIRAR
SARRO COM NOSSA CARA"

Na manhã seguinte, Josie tentou abrir os olhos, mas fechou-os quase imediatamente. A luz do dia era insuportavelmente forte, muito mais do que o costume. Piscou uma, duas vezes, tentando se ajustar ao brilho ofuscante. Levantou a mão para a cabeça, onde uma dor pulsante latejava, aumentando com cada segundo que passava. Ela soltou um gemido baixo, tentando se lembrar da noite anterior. Onde nenhuma lembrança passava claramente por sua mente. Via curtas partes, flashes, como braços ao seu redor, e cada segundo que tentava descobrir a pessoa que a segurava, percebia o rosto de Hope, que antes estava embaçado. Isso a levava a cenas em que Hope a carregava de volta para o dormitório. Ela não sabia diferenciar se isso havia acontecido ou era apenas um sonho, mas, a chance de ser real a fazia sentir seu estômago revirar de um jeito bom.

Tirando as memórias que a tiravam de órbita, sentia seu corpo pesado, e, cada movimento trazia uma nova dor, intensificando a ressaca que parecia dominar seus sentidos.Quando finalmente seus olhos ajustaram-se à luz e percebeu que não estava sozinha, ainda ao seu lado, Hope dormia tranquila com uma expressão serena no rosto.

A morena finalmente sentiu os braços de Hope firmemente em volta de sua cintura, o que levou alguns segundos para assimilar: havia dormido com Hope abraçada a si. A sensação dos braços de Hope ao redor dela, mesmo enquanto estava adormecida, era algo que a fazia sentir estranhamente segura e protegida. Naquele momento não sabia o que fazer, além de não acordar a ruiva, que nem opção era, na cabeça de Josie seria cruel da parte dela acordá-la. De certa forma estava gostando de ter a Mikaelson tão perto, então, em vez disso, fecha os olhos novamente e finge voltar a dormir.

Não durou muito, já que sentiu Hope se soltar de seu corpo e se mover pela cama. Josie ouviu o som de passos suaves se afastando, seguido pelo leve rangido da porta. Josie soltou um longo e pesado suspiro, um que nem sabia que estava prendendo desde que foi solta pela tríbrida, ela estava sozinha e o calor dos toques ainda persistiram na pele, mas a presença reconfortante dela havia desaparecido.

Numa tentativa de acordar de verdade, se senta na cama e estica os braços no ar, com cada movimento fazendo seus músculos protestarem, a ressaca pulsando em cada parte do seu ser. Ainda assim, se esforçava para levantar, esfregando os olhos e tentando organizar os pensamentos.

Josie levou um susto com a voz de Lizzie quebrando o silêncio do quarto. Ela se virou rapidamente para ver a irmã ainda deitada na própria cama, esfregando os olhos e com uma expressão curiosa.

— Então, você e a Hope? — Repetiu a loira, levantando uma sobrancelha.

Depois de dividir o quarto com sua irmã gêmea por toda a vida, Josie achava que não ficaria surpresa com suas falas repentinas. No entanto, aqui estava ela, quase esquecendo que Lizzie estava no mesmo quarto.

— Somos amigas. Ela me trouxe de volta da festa e acho que decidiu ficar. — Explicou, tentando manter a voz calma e despreocupada.

— Aham, sei. — Respondeu, não totalmente convencida, mas também não querendo pressionar mais a irmã.

A morena se levantou da cama, começando a se arrumar, tentando ignorar a sensação persistente de nervosismo.

— Mas, a diferença é que você gosta dela! — Josie parou de se arrumar por um momento, as palavras de Lizzie ressoando em sua mente. Ela sabia que sua irmã tinha razão, mas admitir isso em voz alta parecia assustador demais.

— Liz! Fala mais baixo! Literalmente quase todo mundo dessa escola tem super audição. — Josie sussurrou, desesperada, lançando um olhar nervoso ao redor do quarto. O que fez a loira revirar os olhos, mas, se pronunciou com um tom mais baixo.