CHAPTER 11

717 93 16
                                    




"A DOR É APENAS UM LEMBRETE
QUE AINDA ESTAMOS VIVOS"


Do canto da sala, o homem sai completamente das sombras, revelando-se para Josie. Alto de olhos verdes penetrantes que brilhavam sob a fraca luz, cabelos cacheados de um laranja vivo pareciam quase brilhar. Seu traje preto parecia um vilão clichê de filme, como se ele tivesse se inspirado em algum drama antigo. A maneira como ele se move, a arrogância em seu sorriso, tudo nele grita que ele gosta de ser o centro das atenções, um amante do teatro sombrio.

— Quem diabos é você? — Exige com a voz saindo mais firme do que ela se sentia por dentro, puxa as correntes mais uma vez, na esperança de que talvez, desta vez, elas cedessem, mas nada acontece. A dor em seus pulsos é um lembrete cruel de sua situação.

O homem inclina a cabeça, estudando-a por um momento, seus olhos brilhando com uma estranha mistura de curiosidade e prazer.

— Isso não é importante. — Responde finalmente, sua voz pingava desdém, enquanto Josie tentava manter a calma, apesar do medo crescente dentro dela.

— O que tá acontecendo? Eu deveria estar em um encontro importante com alguém.

— Com Hope Mikaelson, você quer dizer? — Pergunta, enquanto seus olhos verdes brilhando em malícia. A bruxa sente um calafrio percorrer sua espinha ao ouvir o nome da garota ao sair de seus lábios. O homem sorri quando vê a reação dela.

— Ah... sim, eu sei tudo sobre sua pequena 'amizade' com ela. — Acrescenta, enfatizando a palavra com aspas no ar, claramente aproveitando cada momento disso.

— O que diabos você quer? — Indaga sem saber o motivo de estar ali, tentando manter a voz firme, embora seu coração esteja batendo freneticamente.

O homem dá um passo à frente, apoiando o braço na cadeira em que Josie está presa, aproximando-se perigosamente. A garota sente seu cheiro, era uma mistura de couro e algo metálico, e instintivamente recua.

Ele se inclinou, aproximando-se de seu ouvido, a voz um sussurro gelado.

— O que te faz pensar que eu vou te dizer isso agora? — Se afasta, observando a expressão de Josie com olhos que parecem ver direto através dela. Ela queria gritar, xingar, qualquer coisa para mantê-lo falando, para tentar entender o que ele realmente quer. Mas ela sabia que qualquer reação emocional apenas o encorajaria mais.

— O que você sabe sobre a Hope? — Josie pressiona, tentando desesperadamente manter o controle da conversa.

— Muitas coisas sobre ela e a família Mikaelson — Responde com sua voz carregada de um tom enigmático que faz Josie se sentir ainda mais desconfortável.

— Mas, sinceramente, não preciso falar sobre isso com você. Não. Você está aqui apenas para... digamos... prática de tiro. — O coração de Josie para por um momento antes de disparar novamente, ainda mais rápido. As palavras dele ecoavam em sua mente, e ela sabe que ele está insinuando algo mais sombrio, algo que ela não quer imaginar. 'Prática de tiro' não é algo que alguém diz casualmente. O tom sinistro em sua voz é claro. Ele estava testando algo, talvez seus limites, sua resistência. Ela sente uma onda de pânico, mas rapidamente tenta suprimir isso. Ela precisa pensar, precisa de uma saída.

— Isso até que o plano exija algo um pouco mais... permanente. — Diz um sorriso frio curvando seus lábios. Josie tenta se concentrar, buscando em seu redor uma fonte de magia. Ela precisa de algo, qualquer coisa, que possa usar para enviar uma mensagem, um sinal para Hope ou qualquer outra pessoa. Mas com as mãos amarradas e sem o talismã, sua habilidade de canalizar magia está seriamente comprometida. Ela não podia fazer nada assim, e o medo ameaça dominá-la, mas se recusava a deixar isso acontecer. Respirou fundo, fechando os olhos por um momento, tentando se concentrar. "Pense, Josie, pense. Há algo em alguma coisa ou lugar desta sala que eu posso usar?"

FeelingsOnde histórias criam vida. Descubra agora