Feelings

CHAPTER 27

"ORGULHO DE QUEM SE TORNOU
INDEPENDENTE DE SEU PASSADO"

O terraço está imerso em um brilho suave e acolhedor, com dezenas de velas aromáticas espalhadas por todas as mesas. O cheiro doce de rosas preenche o ar, envolvendo o ambiente em uma fragrância familiar e reconfortante. É o cheiro favorito de Josie, e ela sente uma onda de calor ao perceber que Hope pensou em cada detalhe para essa noite. Enquanto a luz bruxuleante das velas dança ao redor, criando sombras suaves e tranquilas, a visão da cidade abaixo se revela de forma deslumbrante. O horizonte de Nova Orleans se estende diante delas, com suas luzes vibrantes e o som distante de uma cidade que nunca realmente descansa. Cada pequeno detalhe, desde as velas até o ambiente, parece ter sido cuidadosamente planejado para criar uma noite perfeita. Josie respira fundo, absorvendo o momento. A suavidade das velas, o cheiro de rosas, a companhia de Hope... tudo é quase surreal, como se estivesse vivendo um sonho. E, de certa forma, para ela, estar ali com Hope realmente era um sonho.

— Bem-vinda a Nova Orleans. — Hope diz com um sorriso, levando Josie até a grade de vidro que margeia o terraço. Abaixo delas, a vida da cidade pulsa com energia. As pessoas caminham apressadamente pelas ruas iluminadas, algumas carregando sacolas de compras, outras apenas aproveitando a noite. Josie se inclina ligeiramente, observando tudo com uma mistura de admiração e surpresa.

— Como chegamos aqui? — Ela pergunta, ainda um pouco atordoada com a mudança repentina de cenário.

— Mágica. — Hope pisca, divertida, antes de pegar a mão de Josie com um toque delicado e guiá-la até uma das mesas vazias. Com a gentileza que lhe é natural, Hope puxa a cadeira para Josie, fazendo-a corar levemente com o gesto atencioso. Depois de sentar-se à sua frente, Hope continua:

— Pedi para minha tia Rebekah entrar em contato com alguns velhos amigos para reservar o lugar inteiro. Ele é nosso por esta noite. — As palavras de Hope fazem o coração de Josie acelerar, e ela sente suas bochechas esquentarem ainda mais.

— E-eu não sei o que dizer. Isso é incrível, e a vista... uau, —  Murmura, lançando um olhar deslumbrado para a cidade abaixo. As luzes vibrantes de Nova Orleans brilham como estrelas artificiais, espalhando-se por cada esquina, cada rua, criando uma tapeçaria de cores e vida. Josie sente algo diferente no ar, uma energia que parece pulsar com vida e magia, muito diferente da familiaridade tranquila de Mystic Falls. A chegada do garçom, um jovem vestido de maneira impecável, interrompe seus pensamentos por um momento.

— Boa noite, Srta. Mikaelson. Que bebidas posso pegar para vocês duas? — Ele pergunta, com um bloco de notas em mãos. Hope pede uma Coca-Cola, e Josie, ainda imersa na atmosfera encantadora do lugar, pede uma limonada. O garçom retorna rapidamente com as bebidas e, depois de um breve olhar no menu, as duas escolhem seus pratos. Com os pedidos anotados, ele se retira, deixando as duas sozinhas novamente. Enquanto aguardam a comida, as conversas fluem naturalmente. Falam sobre a escola, como estão indo as aulas e quais testes se aproximam. Elas trocam ideias sobre estudarem juntas, e o tópico eventualmente se desvia para a vida de Hope em Nova Orleans. Josie, curiosa, faz perguntas sobre como foi crescer em uma cidade tão vibrante e cheia de história. Hope sorri, e em sua mente surge uma ideia para tornar a noite ainda mais especial.

O tempo parece voar, e antes que percebam, suas refeições chegam. Elas aproveitam a comida enquanto continuam conversando, o olhar de uma raramente se desviando da outra. A atmosfera é íntima e tranquila, e Josie mal consegue acreditar que está realmente ali, compartilhando essa noite com Hope. Depois do jantar, Hope insiste em pagar, deixando uma gorjeta generosa para o garçom. As duas se dirigem ao cinema, onde pegam alguns lanches antes de encontrarem seus assentos. A luz da tela piscava diante delas, mas o que realmente capturava a atenção era a presença uma da outra. O ambiente, antes cheio de risos e conversas baixas, se dissolvia em segundo plano. Os primeiros vinte minutos do filme passam em um borrão, como se o tempo ao redor delas tivesse decidido desacelerar, enquanto elas, dentro de sua bolha, estavam muito mais interessadas em se perder nos olhos uma da outra do que na história projetada à sua frente.