POV: NIKOLAS
Sentindo um calafrio na espinha, Nikolas acorda um pouco assustado, e vê que seus movimentos bruscos assustaram Kai. E com um sorriso bobo ele se desculpa.
Kai não puxa conversa, na verdade, nem olhou em seus olhos quando ele se desculpou, suas orelhas e caudas estavam abaixadas exibindo seu cansaço. Um pontinho de dúvida surge na cabeça de Nikolas mas ele deixa o kitsune seguir caminho para seu quarto, ele leva a mão até a nuca pois sentia uma estranha coceira naquela região, não encontrando nada, tenta ignorar aquela sensação e os eventuais calafrios que sofria.
O Kai provavelmente foi dormir, o Danki já está dormindo... o que eu faço? Se eu ligar a TV os dois podem acordar mas eu não queria ir embora agora, não tenho nada para fazer por aqui.
Ele se levanta com os braços cruzados procurando algo para fazer, a louça estava limpa, os armários estavam organizados, infelizmente tudo que poderia fazer já estava feito. Mas ao passar os olhos numa certa parede onde a porta surgia o fez ter uma ideia. Uma ideia um tanto arriscada.
Nikolas- Como usa essa coisa...? -Fico parado na frente da parede de forma confiante. Praia! -O meu sorriso sumiu por nada ter acontecido. Mercado? -Minha confiança ia sumindo pedaço por pedaço.
Nikolas deitou-se no chão ao lado da porta e ficou dizendo palavras aleatórias esperando que uma deles o levasse para algum lugar diferente. Ele sentia como se o tédio estivesse consumindo sua alma até que deixou-se ser tomado por esse vazio sentimental.
Nikolas- Ah vai... qualquer coisa! Qualquer lugar! -Disse entre grunhidos de impaciência.
A porta brilhou a suas palavras, se abrindo no mesmo túnel branco que vira da última vez e logo se expandiu para uma visão completa de uma cidade preenchida pela noite. Seus olhos refletiam as luzes coloridas dos prédios altos à distância, sem perder nenhum minuto se lançou para a nova localidade disponível a fim de escapar de si mesmo.
Não sabia como, mas já conhecia aquele lugar como: Desunt Lucis, a cidade da noite eterna.
Nikolas- Caralho... -Fiquei chocado pela vista proporcionada a mim no topo de um prédio.
Olhava para baixo e para cima, não era como o céu de Ezradream, comparado aquilo era apenas um borrão sem cor. As ruas estavam lotadas com bancas de comércio, artistas e em algumas partes até dançarinos. Querendo desfrutar da aventura que fora entregue, Nikolas desce as escadas do prédio até o térreo onde avista uma grande circulação de pessoas e furries. Se misturar seria uma tarefa fácil.
Se esgueirando por dentro da multidão ele chega na rua sem muita dificuldade, a maioria dos furries presentes eram noturnos, como corujas, morcegos e lobos. E alguns humanos possuíam partes animalescas, como orelhas e caudas. Quando percebeu, estava encarando cada pessoa que passava, sentiu sua sede de curiosidade sendo saciada mas também vergonha por ter ficado parado por vários minutos encarando desconhecidos.
Kemeron- Com licença, está perdido garoto? -Um polícial lobo se aproxima de mim, o crachá continha seu nome.
Nikolas- N-não! Estou só olhando. -Pensei em qualquer coisa porque de fato estava perdido mas não queria ajuda.
Kemeron- Você é estrangeiro né? -Ele cruza os braços sorrindo um pouco.
Nikolas- Como você sabia?! -Fico um pouco sem graça. Está tão na cara assim? -Olho para mim mesmo.
Kemeron- Eu não sabia, mas você me confirmou. Seja bem-vindo a Desunt Lucis! -Agora entendi o sorriso de antes. Mas para um estrangeiro seu Desuntês é impecável, devo admitir. -Coloca a mão no meu ombro o que fez eu estremecer um pouco.
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O Espelho da Realidade
FantasyNão seria interessante se em algum momento da humanidade...fosse descoberto por um menino, uma outra realidade? Uma não, mas sim, inúmeras outras realidades cheias de coisas e seres nunca antes vistos por qualquer outro ser humano. Além dos espelhos...