Peço desculpas pelo atraso
Tive muitas coisas para fazer nessas semanas, mas aqui estáPOV: NIKOLAS
A textura de grama macia acariciava suas costas, o calor renovado preenchia seu corpo. O sol rapidamente cegou seu olhos, fazendo-os parecer que tinham ficados sensíveis pela falta de luz, ele os cobre com o braço, acordando num campo verde.
Nikolas- Kai eu!... ah... -Seu sorriso se esvai aos poucos.
Onde estou? Era sua pergunta principal, mas não havia ninguém para respondê-la. Ele sentou-se na grama, observando o vento balançar a paisagem de maneira calma, seu cabelo acompanhava a dança da natureza, deixando-o bagunçando. A brisa suave parecia querer guiá-lo pelo terreno, ele a seguiu, avistando um pequeno chalé cuja chaminé soltava um pouco de fumaça. Nikolas depois de uma caminhada, timidamente se aproximou da porta e iniciou algumas batidas. A porta se abriu quando ele a tocou.
Nikolas- Com licença... mas, tem alguém em casa? -Ele perguntou, espiando com a cabeça. Alô? Eu vou entrar... -Não escutava absolutamente nada.
Ele deu um passo a dentro. O calor da lareira o envolveu, o interior era reconfortante comparado as pilastras e rochas do observatório. Ele retira os sapatos pois estavam imundos com fuligem e grama, e então continua explorando o chalé. Tudo era organizado em pouca quantidade e, raciocinando um pouco, ele determina que apenas uma pessoa vivia lá.
Talvez tenha saído para pegar lenha ou foi caminhar no campo. Essa grama é bem fofinha, eu poderia até dormir em cima dela... é mesmo... eu já fiz isso. Quantos dias será que fiquei apagado, porque eu me lembro de estar de noite quando saí do observatório.
Estando muito envolvido em seus próprios pensamentos, Nikolas não ouviu a porta se abrindo. Então escutou a voz de um menino. Ele se virou espantado por ter sido pego de surpresa, enquanto o dono da casa o encara com certa tranquilidade.
—Visitas! Que coisa boa. -Ele carregava várias sacolas cheias de legumes e frutas. O que o trouxe aqui? -Perguntou sorrindo enquanto guardava suas compras.
Nikolas- Desculpe pela invasão, mas eu estava no meio do nada e então vi a sua casa. Achei que poderia pedir ajuda de alguém. -Disse de maneira breve.
O menino se virou para Nikolas com um semblante calmo. Ele vestia um moletom branco com mangas escuras, haviam símbolos e desenhos dourados pelo tecido. Seu cabelo escuro era curto com as pontas pintadas de cinza e possuía uma franja relativamente grande. Seus olhos eram azuis beirando a tonalidade do anil, que dava contraste a sua pele clara, mas o que mais chamava a atenção nele era um brinco de ouro em um formato estranho com uma pequena joia vermelha no centro. O sujeito emanava uma energia calma, quase que delicada. Então finalmente interrompeu o silêncio, enquanto preparava um bom e velho chá para manter a hospitalidade.
—Não me importo. É sempre bom ter alguma companhia. -Ele sorriu entregando uma das xícaras.
Nikolas- Aliás, eu sou o Nikolas. Qual o seu nome? -Sua expressão mostrava alívio mas também desconforto.
Pitt- Meu nome é Piettro, mas prefiro que me chamem de Pitt. -Aquela voz suave amenizou sua insegurança. Bom, Nikolas. E o que você está fazendo por aqui? -Indagou com curiosidade.
Nikolas- Vim procurar um amigo meu, mas acabei errando a localização... eu acho. -Ele diz, encarando o líquido na xícara. Esse lugar é bem aberto, só você mora por aqui? -Virou-se para Pitt.
Pitt- Sim, eu acho que é melhor do que ter vizinhos por todo lado. Muita fofoca. -Ele sorriu e tomou um gole de chá. E o seu amigo, você sabe onde ele está? -Comentou tentando ser casual.
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O Espelho da Realidade
FantasyNão seria interessante se em algum momento da humanidade...fosse descoberto por um menino, uma outra realidade? Uma não, mas sim, inúmeras outras realidades cheias de coisas e seres nunca antes vistos por qualquer outro ser humano. Além dos espelhos...