Capítulo 23 - Mais uma vez

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POV's Narrador

Definitivamente Kornkamon ocupava todo espaço que pudesse existir no coração da morena. Sentir essa paixão por ela tem feito Samanun ficar mais feliz, a presença dela faz surtir o efeito da Sam de antigamente, a Sam que dava boas risadas e gargalhava por qualquer bobagem que seus pais e suas amigas faziam. A Sam que foi criada por sua avó já não existia mais, apenas alguns resquícios ainda ocupava parte da garota, mas nada que uma dose de paixão, determinados beijos  e um pouco de conversa não a fariam mudar. Não uma mudança ruim, ela pensava.

Sabia que cada passo que dava nessa relação, fazia a querer mais a menina mais baixa. Todas as vezes que Sam pensava no futuro ela via sua garota com ela, não via apenas elas sendo felizes como também percebia que queria construir com ela o que seus pais tinham.
Samanun estava transbordando amor por Kornkamon sem saber, nunca tinha sentindo essas emoções antes, mas as explicações que sua mãe deu quando era pequena martelava em sua cabeça desde cedo, desde o momento que Mon saiu pela porta de casa ao encontro dela.

Flashback on

Samanun, com seus 12 anos de idade estava a escrever uma das suas maravilhosas histórias que criava com seu pai. Eles passavam a noite contando histórias que eles mesmos criavam e logo na manhã seguinte Sam pegava seu caderno e passava tudo a limpo. Tendo uma das melhores memórias  e escrita da família, ela sempre lembrava de cada mínimo detalhe, até dos que não deveriam. Sua mãe adorava ler as histórias criadas por seus dois amores, amava cada coisinha que Samanun colocava nas características dos personagens, sempre pedindo ajuda para descrever os sentimentos que rondavam os personagens, pois se achava pequena demais para saber de todos então estava sempre questionando sobre os sentimentos  que seu pai falava que os personagens sentiam. Hoje era um desses dias.

-Mamãe? - Sam chamou pela mulher mais velha.

-Sim meu anjo? - tirando os olhos da papelada e se inclinando para onde sua filha escrevia. Já sabia que viria uma de suas inúmeras perguntas.

-Coma a Nani sabe que é esse tipo de amor que ela sente por Alicia? - questionava curiosa, sobre as personagens que seu pai tinha criado na noite passada. Uma lutadora que tinha se apaixonado pela camponesa da vila vizinha. Sam amava quando seus pais fazia história com personagem feminina.

-Como "tipo de amor"?  Existe outros tipos? - sua mãe perguntava querendo saber mais o que se passava na cabeça da pequena.

-Papai disse que sim. Existe vários tipo de amor, o amor tipo  o da senhora e do papai que sempre tem nas histórias dele. O amor tipo o meu, o seu e do papai ou amor que eu sinto pela Tee e a Jim, ele disse que esse amor é o... como é mesmo? A... isso familiar.  Uhm... - A pequena coloca a mão no queixo como se estivesse pensando e continua - Tá... Eu já sei sobre o amor que sinto por vocês, que é grandão aliás e o que sinto pelas meninas também, mas não sei como vou saber como amar que nem a senhora e o papai  se amam. Como vou saber que sinto isso? - Sam balança os ombros e faz uma cara de confusa.

-Caramba querida, as vezes esqueço o quão boa é sua memória! - a mais velha rir e a pequena acompanha.

-Samanun é esperta! - a menor das Anantrakul fala de si próprio na terceira pessoa, uma de suas manias que a fazia ficar mais adorável.

-Isso ChamCham, mas respondendo sua pergunta meu amor, vou dizer algo que seu avô me contava, algo que ele leu uma vez... Não há uma forma correta de descrever o amor, porque cada pessoa sente de uma forma. Porém o que eu posso dizer é que o amor mais do que uma simples palavra... se for para colocar em palavras que você possa compreender, amor é como o jardim que você ajuda mamãe a cuidar, você planta a semente do amor bem no coração, mesmo que você não veja você vai regando e cuidado dele até que ele floresça. As vezes ele vem rápido e as vezes ele demora, mas é preciso dê paciência sempre... E o amor é isso querida, não é só sobre momento, é sobre cuidar sempre. É sobre estar nos bons e maus momentos, cuidar quando adoecer, fazer sorrir quando precisar. O amor significa isso, saber que nem sempre será perfeito, mas que a pessoa vai estar ali quando tudo desabar. E mesmo nesses momentos difíceis irá florecer algo bom, algo que dará sentindo a suas vidas - sua mãe termina de falar com um sorriso no rosto ao se lembrar de seu esposo e tudo que eles passaram para que pudessem ficar juntos.

O amor - MonSamOnde histórias criam vida. Descubra agora