Com tantas perguntas para fazer para aquela diabinha minha cabeça me impede de ter uma noite de sono, fico pensando nos motivos que a fizeram não correr ou fugir e isso me intriga, mas ainda eu descobrirei, com toda a certeza eu descobrirei.
Por esse motivo, não posso perder o hábito de incomodar minha única diversão nessa casa, pela manhã pedi para Javier buscar minha pedrinha preciosa e trazer até meu escritório, eu tenho um plano em mente.
Enquanto eu dou meu primeiro gole no café gelado a porta se abre e vejo aquele par de olhos sendo arrastada para dentro, com cuidado, pedi para Javier não machucá-la.
- Seja bem-vinda ao meu escritório, diabinha. - coloco a xícara sob o pires - Espero que goste, não posso te mostrar tudo, mas o pouco espero que te agrade.
Javier se afasta e fecha a porta. Rubi está de pé do outro lado da mesa com as mãos algemadas.
- Pelo menos os pés estão soltos, posso correr e fugir de você. - ela retruca.
Me levanto tranquilamente, ajeito a gola da minha camisa e me aproximo dela, olhando-a de cima até embaixo.
- Espero que tenha tido uma noite boa. - respondo e dou um sorriso malicioso - Não queria que você sentisse frio, longe de mim. - digo irônico.
- Dormiria melhor se não estivesse presa, mas infelizmente um lunático me prendeu. - ela range os dentes.
- Não estamos na fase de confiança ainda. - retruco e paro em sua frente.
- O que quer? - ela me pergunta áspera.
Eu encaro-a e olho diretamente para seus lábios carnudos, dou um passo e ela vai para trás até encostar na mesa. Coloco minhas duas mãos sobre a mesa e deixo nossos corpos juntos, próximos demais, posso sentir a respiração daquela diabinha acelerar.
- Ora, ora, ora... - sussurro e me aproximo de seu lóbulo - Parece que está presa, de novo. - sinto seu corpo arrepiar.
Levanto uma mão e trago para os cabelos dela, passo meu indicador por eles, em seguida passo em seu rosto delicado e quente, sua pele é macia, cuidadosamente e meticulosamente coloco o indicador sobre os lábios dela e suavemente passeio por eles.
- Nunca te beijaram, diabinha? - pergunto - Ontem você não me respondeu. - ela não responde, apenas me olha atentamente - Considero seu silêncio como sendo verdade que nunca te beijaram, que pena... - olho para eles - Se você quiser eu te mostro como é. - sorrio e ela ainda continua em silêncio.
Me aproximo ainda mais dela, agora ela consegue sentir minha respiração. Olho fixamente para seus olhos que se encontram com os meus, com o meu nariz esfrego no dela e a vejo fechar os olhos. Sim, ela está quase implorando para tocá-la. Deixo nossos lábios a milímetros um do outro.
- É só você me pedir diabinha, que eu te mostro. - sussurro - Por que você não foge? - pergunto roçando nossos lábios.
Rubi fecha os olhos e levanta a cabeça para poder sentir meus lábios. Posso sentir a tensão da garota, por isso, passo a língua em seu lábio inferior e posso escutar um gemido sair por sua boca, dou um sorriso.
- Não quer correr de mim diabinha? Quer correr para mim. - brinco - Acho que temos um vencedor. - me afasto e vejo seus olhos fechados se abrirem lentamente.
- Filho da puta. - ela sussurra - Você me enganou. - ela lastima.
- Não enganei, só me aproximei. - desabotoo o botão do meu punho - Te dei a chance de fugir e você ficou... Por quê?
Me afasto ainda mais dela e ela respira fundo.
- Quero voltar para minha casa, não para minha vida. - ela confessa e olha para baixo, levanto seu queixo com meus dedos - É complicado, Agust.
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Minha redenção
Fiksi PenggemarQual o limite da vingança? Até onde ir ou quando parar? De repente o carrasco se vê divido entre seguir com a vingança ou permitir-se feliz. É impossível seguir se vingando e amando ao mesmo tempo. Tudo muda quando a filha do inimigo aparece em sua...