- Conseguiu dormir, pedrinha? - pergunto encostado no batente da porta e olhando o reflexo daquela diabinha no espelho, ela estava se olhando no momento em que cheguei - Conseguiu? - dou um riso irônico.
- Senhor Agust. - ela diz com a língua nos dentes - Eu consegui dormir, apesar do seu ronco tentar me impedir. - ela se aproxima rindo.
Porra, como meu nome soa lindo naquela boquinha. Suspiro e contrário os lábios para tentar me acalmar.
- Eu ronco? - pergunto me endireitando e a olhando de cima - Nunca se queixaram disso, diabinha!
- Alguém acordou manhoso. - ela brinca e me fita, em seguida me envolve com seus braços finos - E sim, o senhor ronca demais, é péssimo.
- Da próxima vez me lembrarei de não deixar que durma. - afasto seus braços sutilmente e me afasto - Espero que esteja melhor.
- Estou Agust, eu estou bem melhor. - ela me dá um meio sorriso - Agora me diga, por que não terminou o que começou? - ela me provoca.
Passo a língua pelos lábios e rio, me abaixo para chegar perto de seu ouvido e sussurro:
- Lembra-se de que eu disse? Você pode dar as cartas, mas ainda assim, jogo a minha maneira. - mordo seu lóbulo e ela geme baixo.
- É injusto, ainda. - ela diz me afastando.
- Nem tudo nessa vida é justo, pedrinha. Às vezes ser justo pesa. - sorrio e dou as costas para ela - Aproveitando, vou treinar com Javier lá embaixo, pode ficar à vontade contanto que não fuja, não se machuque, não se envolva em nenhuma atividade perigosa e...
- Posso te ver treinar? - ela me interrompe e eu a encaro.
- Quer ver um homem atirar várias vezes contra um alvo? - arqueio a sobrancelha confuso.
- Contanto que eu esteja ao seu lado e não esteja segurando o alvo. - ela dá um risinho.
- Você precisa de roupas novas... - olho-a de cima a baixo, sim, ela ainda usa minha blusa branca com alguns botões abertos - Você não vai sair desse quarto sem as devidas roupas, pois aumentei a guarda e não quero que... - pigarreio - Não quero que eles fiquem olhando para suas... - olho para suas coxas, mas não digo.
Rubi caminha nas pontas dos pés até mim com um sorriso malicioso, trinco meu maxilar por não saber o que ela é capaz de fazer.
- Imagina. - ela diz com deboche - O que eles iriam pensar ao me ver nessas roupas? E se vissem as marcas em minhas coxas, que o senhor Agust fez questão de deixar ontem? - ela se refere as marcas de chupões que deixei em suas coxas, mas seu tom de voz continua com deboche, ela leva as mãos ao peito como se estivesse chocada.
- Já disse que gosto de arte? - pergunto com os olhos cerrados e a voz firme, ela nega com a cabeça - Que pena pedrinha, porque em minha cabeça eu sou um artista e seu corpo é meu quadro, infelizmente não tenho pincel então uso a boca para desenhar o que quiser nele.
Seus olhos se arregalam e ela engole em seco, suas bochechas estão mais vermelhas que o normal. Seguro firme em seus braços e a encaro.
- Se não terminei o que comecei ontem foi porque acredito que você precise de tempo para descansar e assimilar o que esta acontecendo. - dou uma pausa - E digo uma coisa: quando eu começar eu não vou parar, então esteja ciente disso e não tente me provocar. - me afasto dela descendo as escadas e indo em direção a área externa encontrar Javier que já me esperava.
- Bom dia, senhor Min. - ele se curva e eu o respondo - Como solicitado, aumentei a guarda da casa e preparei o estande para treinarmos tiros.
- Isso é muito bom Javier, até porque acredito que agora somos alvos diretos de Park e Leonard. Preciso pensar em algo para evitar que eles invadam minha preciosa casa. - mordo o lábio - Ainda é cedo para eles realizarem um ataque, mas em dias isso vai acontecer e eu preciso estar pronto.
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Minha redenção
FanfictionQual o limite da vingança? Até onde ir ou quando parar? De repente o carrasco se vê divido entre seguir com a vingança ou permitir-se feliz. É impossível seguir se vingando e amando ao mesmo tempo. Tudo muda quando a filha do inimigo aparece em sua...