Capítulo 8

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Tic-Tac, Tic-Tac, Tic-Tac. Aquele maldito relógio imaginário perturbava minha mente tentando não me desestabilizar naquele momento, eu preciso manter a calma, afinal foi apenas um cuidado especial que tive com alguém que está totalmente ferida e vulnerável que aceitou dormir com seu inimigo para tentar fugir daquele cenário. 

Agust volta para a realidade. Não é hora de perder o foco, é hora de fazer as pessoas sofrerem.

Cuidadosamente tiro os braços de volta do corpo da garota e a ajeito na cama cuidadosamente para não acordar, ainda é de madrugada, saio do quarto sem fazer barulho e vou até meu escritório, como todo cauteloso que sou, na estante que fica atrás da cadeira tem um livro em específico que dá acesso a outro lugar, meu esconderijo. Assim que entro naquela toca sorrio aliviado ao ver as informações juntadas na parede branca, com setas e desenhos informativos a respeito.

A foto de Leonard está no topo de tudo,  aquele sorriso iria sair de seus lábios rapidamente, embaixo dessa foto, tenho a de Seokjin, Park, e o político desgraçado que aceita toda essa gangue em troca de dinheiro e proteção, Jeon, como acabarei com eles.

A primeira parte de meu plano foi concluída: raptar a garota e deixar eles procurando por ela, dando como recompensa milhões, é claro que ele faria isso, ele ainda não sabe que retornei dos mortos, acredita que um ladrão de quinta categoria queira extorquir dinheiro dele.

A segunda parte conclui: fui até o esconderijo de Park e firmei uma falsa aliança, ele vai acabar começando uma guerra entre Leonard e sua gangue, afinal Jin conhece Park muito bem e a vingança está por um triz. Então aquele lado da Coreia não preciso me preocupar.

Agora darei início a terceira parte de meu plano imbatível: soltar aos poucos informações valiosas sobre aquele corrupto desgraçado. Digamos que a máfia vai perceber que ele joga dos dois lados, com a polícia e com não uma, mas várias gangues, o que me deixará feliz em saber da rebelião que se instaurará e o caos começará.

Leonard vai ficar numa situação complicada, sem sua filha, Jin preocupado em acabar com Park, Jeon tendo que lidar com as difamações e ameaças e isso é só o começo. 

Sorrio e saio do meu esconderijo, encontro com Javier parado em frente a mesa com um sorriso nervoso nos lábios.

- O que houve? - pergunto e ele engole em seco, ajeita o colarinho da camisa antes de falar.

- Rubi fugiu. - ele diz com medo.

- Ela o quê? - é tudo o que consigo dizer, controlando minha ira.

- Já estão procurando por ela. - ele diz tentando me acalmar - Ela fugiu para a mata fechada, não tem como sair dali.

Levo a mão sobre a minha boca, e em seguida passo a língua no canto dos lábios. Sim, eu abaixei a guarda com a pessoa errada e confiei nela.

- Prepara o calabouço é para lá que ela vai quando voltar. - digo irado e me aproximo da porta.

- Senhor Min... - ele tenta me impedir - O calabouço ele...

- Ela vai conhecer os prazeres da vida. - respondo e dou as costas para ele.

Caminho até meu estacionamento e pego minha moto preta CBR 300RR, coloco meu capacete e piloto em direção a mata próxima de minha casa.

Aquela diabinha mal pode esperar para o que espera quando colocar aos mãos nela novamente, assumo a culpa por deixado ela dormir no meu quarto e não trancar nem a janela e nem a porta ao sair, dando assim espaço de sobra para uma fuga.

Sim eu facilitei para essa diabinha, mas o castigo será muito melhor.

Acelero mais um pouco, tenho homens atrás dessa garota, mas mesmo assim eu quero encontrá-la e dar uma boa lição por ter quebrado minha confiança.

Minha redençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora