As peças do quebra-cabeça começaram a fazer sentido para mim, tudo se encaixou tão perfeitamente que eu nem acreditei como pude ter sido tão burro ao ponto de não enxergar o óbvio.
Leonard foi até a polícia e fez a queixa e agora a mesma informa o desaparecimento repentino de Rubi Montrerreal na televisão, todos estão comovidos com isso, aparentemente toda Coreia parou para prestar solidariedade para o poderoso Leonard.
Posso ver que o pobre Jin força um choro ao dar entrevista para a televisão e diz estar sentindo falta da sua garota, que não dorme e não come sem ela. Esse garoto, ah Jin.
Por outro lado, o típico Leonard oferece dinheiro como repensa para entregarem a cabeça do mandante e também por ela. Isso é bem comum entre as pessoas.
- Eu não faço ideia quem fez isso, não tenho inimigos, sou um homem bom. Só quero meu Rubi de volta. - Leonard dá entrevista e não sinto verdade em uma palavra dele.
Eu sabia que aquele Jin era familiar, mas não conseguia me recordar... Até que aquela pedrinha linguaruda soltou, claro Leonard está pensando longe, expandir os negócios na China e na Itália, mas ele está velho por mais rico que seja não tem a manha para realizar esses negócios, nada como o antigo Seokjin, ou, Jin para fazer esse papel para ele. Um jovem inocente que ama sua filha, que não a toca, que faz o papel de príncipe é o rosto perfeito para fechar os negócios.
Rubi faz faculdade fora do país e vive viajando, agora com a união das famílias Jin terá mais acesso aos lugares certos e com isso aquele idiota do Leonard reinaria sobre os tolos.
Não posso deixar isso acontecer, não posso dar a coroa para ele.
Hora de fazer meu social e fingir que não sei de nada sobre esse ocorrido, horroroso, podemos dizer, quem faria mal a um homem como ele.
- Javier - anuncio seu nome e percebo que ele está com Rubi na torre amarrando-a - Vou resolver uma situação incomoda e já volto, espero que mantenha as coisas sob controle, porque caso algo saia do seu devido lugar, tanto você quando a causadora disso vão querer ver o demônio e não a mim.
Com isso me viro e caminho para fora da minha casa, pego meu carro junto de uns capangas e dirijo até o centro de Seoul, lá bem escondido entre as vielas existe uma cafeteria que funciona durante o dia, mas durante a noite o lugar é onde as pessoas realizam trocas e fazem coisas inacreditáveis. Esse idiota do Park não muda mesmo.
O sino da porta anuncia minha entrada e a mulher que estava ao balcão com os cabelos presos e o uniforme do lugar volta sua atenção para mim.
- Senhor Min, quanto tempo! - a senhora Park me diz com um sorriso nos lábios - Quer um café?
- Park está? - é tudo o que digo e vejo seu brilho sumir.
- Vou ligar para ele. - ela diz e disca o número no telefone do balcão.
Olho em volta e vejo como o lugar é movimentado, tanto durante o dia quanto a noite as pessoas param por ali, não posso deixar de notar jovens se divertindo e jogando conversa fora, mas é claro que eles sabem o que acontece ali e principalmente sobre as vendas noturnas ou as trocas, afinal eles estão muito familiarizados com o lugar. Mulheres por dinheiro, quem não conhece a fama do Lux Café? Estrangeiras valem mais.
A senhora Park desliga o telefone e volta a me olhar.
- Ele disse que está ocupado. - ela lamenta, aquele coreano acho que me engana.
Meu dia já está uma merda, esse filho da puta vai falar comigo.
- Eu não quero saber, abre a porra da porta... - ordeno - tenho que conversar com ele agora. - digo e começo a caminhar em direção a porta.
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Minha redenção
FanfictionQual o limite da vingança? Até onde ir ou quando parar? De repente o carrasco se vê divido entre seguir com a vingança ou permitir-se feliz. É impossível seguir se vingando e amando ao mesmo tempo. Tudo muda quando a filha do inimigo aparece em sua...