•Capitulo Oito•

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Klaus Narrando:

No luto há muitas fases a se passar até enfim aceitar que aquele que se foi não vai mais voltar. Um processo lento, mesmo que para alguns seja rápido quanto para outros pode demorar anos. Quando se está apaixonado, pelo menos em minha concepção é a mesma coisa. É estranho cogitar que estou tendo sentimentos por alguém novamente depois de anos. Fayla havia despertado algo em mim. E eu sabia que ela sentia algo também.

Quando pedi para que ela ficasse e ela negou dizendo que não podia ficar por ter medo de acontecer algo ruim por sua causa, senti raiva e decepção. Mas depois de observar seu comportamento pude deduzir que essa insegurança está relacionado a algum trauma que ela passou no passado, fazendo a ficar cega para a realidade. Sinto que preciso ajudá-la a perceber que essa sua insegurança não pode a continuar privando. Ela precisa vê o quão especial é.

Pego a chave da sala de pintura e a abro. Fazia muito tempo que não entrava neste lugar, abro as cortinas e logo a luz da lua invade o local, encaro minhas pinturas antigas de paisagens, de Sofie, meus pais e algumas outras pessoas. E logo avisto em cima da mesa o esboço do desenho de uma mulher saindo da água, então as lembranças do sonho vem em minha mente, eu podia vê-la caminhando em minha direção, porém seu rosto não é tão nítido por isso não conseguir finalizar o desenho.

(...)

Saio do meu quarto terminando de arrumar minha roupa, eu estava atrasado para o treinamento de Lukkas, eu havia lhe prometido uma luta hoje. Quando me dirijo a sala de jantar escuto a voz de Fayla.

Fayla: Não estou interessada em nada!- ela fala a alguém.- Solte-me!- pede.

Avanço meus passos e logo a encontro abraçada a alguém suspensa no ar pelos braços de quem a segurava. Vejo que ela tenta se soltar do agarre.

Klaus: Solte-a agora!- Fayla me olha com o rosto surpreso, mas raiva e nojo são presentes em sua expressão também. ela é colocada no chão mas quem a continha não a solta, pelo contrário continua com as mãos em sua cintura.

Xxx: Ora ora... Se não é Klaus!- fala com tom de deboche.

Logo reconheço sua voz. É Ivan, um amigo de anos de Américo nosso lider. Fayla tenta se soltar de seus braços.

Klaus: Solte-a, não serei cordial se tiver que pedir mais uma vez!- aviso o encarando.

Ivan: Acaso que direito tem para me pedir para me afastar desta beldade!- diz provocativo.

Klaus: Sou noivo dela!- respondo sem pensar antes de falar. Fayla me encara confusa.

Vendo que ele não iria acarretar ao meu pedido dou um passo a frente, respiro fundo e me preparo para o que pretendo fazer.

Klaus: Largue minha noiva Ivan!- arqueio uma sobrancelha.

Fayla: Solte-me!- ela se debate. E enfim se livra do seu aperto e vem ao meu encontro.

Instintivamente a coloco atrás de mim e encaro o vampiro em minha frente.

Klaus: Ainda não aprendeu a se comportar?- o questiono lembrando de coisas que Menáh havia me contado sobre ele.

Ivan: Não há necessidade de me ensinar... Alias sou Ivan, amigo de Américo e Menáh!- ele dirige suas últimas palavras para Fayla.- Sua noiva é bem arisca Klaus, devia ensina-la a se comportar!- meu sangue ferve. Quem esse maldito pensa que é para falar dela dessa forma.

Klaus: Contenha suas palavras insignificantes para falar dela!- ordeno impaciente.

Ivan: Que falta de modos, Klaus!- fala zombeteiro outra vez e reviro os olhos.

Klaus: Fico feliz em não me importar com suas asneiras Ivan!- forço um sorriso e volto-me a Fayla.- Você está bem?- ela assente com a cabeça.

Ivan: Claro que está bem, nunca que faria mal a ela!- diz.

Klaus: O que lhe trás ao refúgio?- questiono tentando entender sua maldita presença aqui.

Ivan: Tenho negócios a resolver com seu líder!- responde.

Klaus: Então foque em seu objetivo aqui ao em vez de importunar quem seja!- digo encarando-o sério.- Agora nos dê licença!- agarro a mão de Fayla e prontificado a sair dali, mas ele a segurou. Meu olhar desceu para sua mão, onde ele a segurava enquanto acariciava o dorso com o polegar.

Ivan: Foi um prazer conhecê-la!- seus olhos brilhavam ao olhar para Fayla. Eu sabia exatamente quais eram suas intenções com aquele olhar.

Perdi o pouco de paciência que me restava e vou em sua direção lhe dando um soco na cara.

Klaus: Fique longe dela!- digo antes de lhe dar as costas.

Fayla: Klaus Cuidado!- ela grita.

Me viro e o vejo correr até mim objetivo a me dar um soco. Consegui desviar e agarrei seus braços o impedindo de se mexer. Nós dois caímos no chão juntos.

Senti mãos puxando-me de cima dele e quando fui afastado vi um sorriso surgir em seu rosto, como se tivesse satisfeito de algo.

Américo: Mas o que houve aqui?- pergunta irritado.

Klaus: Esse desgraçado estava a assediando!- digo irritado, ainda sendo segurado por Lukkas e Américo.

Américo: Isso é verdade?- reveza os olhares entre o amigo e Fayla.

Ela não responde, e puder perceber que estava constrangida e envergonhada. Ivan por outro lado se levanta e ajeita sua roupa.

Ivan: Não foi minha intenção ofender a moça, não sabia que era noiva de Klaus!- demonstra uma expressão vitoriosa.- Alias parabéns ao casal!- afronta.

Não consigo me segurar, soltei-me do aperto dos dois e avanço em sua direção sem ligar para a presença de Américo ali. Eu estava decidido a mata-lo.

Klaus: Não se aproxime mais dela!- esbravejo ao mesmo tempo que sou tirado de cima dele outra vez.- Vem comigo Fayla!- ela concorda e prontamente pega meu braço enquanto ajeito minhas roupas que ficaram desarrumadas.

Américo: No meu escritório, Ivan!- escuto nosso lider falar.

Se depender de mim esse maldito não ficará mais perto de Fayla.

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HÍBRIDA REJEITADAOnde histórias criam vida. Descubra agora