HÍBRIDA REJEITADA

•Capitulo Onze•

Fayla Narrando:

Estou no jardim do refúgio junto com Sofie, Lukkas e Lyssa. Ambos conversavam animadamente sobre algum assunto que eu não havia prestado atenção sobre o que era pois meus pensamentos ainda estavam voltados para o que havia acontecido logo cedo. De repente saio do meu breve devaneio assim que percebo uma movimentação sútil e logo vejo Klaus se juntar a nós na mesa, ele estava sério. Mas assim que cumprimenta todos o mesmo observa-me com uma expressão mais serena e um meio sorriso.

Sofie: Onde você tava, te procuraramos pelo refúgio inteiro!- ele desvia rapidamente o olhar de mim para ela e responde.

Klaus: Estav com Américo para uma reunião sobre nossos treinamentos!- inventa uma desculpa omitindo a verdadeira história.

Lyssa: Não parece ter sido uma simples conversa sobre treinamento!- diz desconfiada, chamando a atenção de todos.

Lukkas: Ela ta certa, aconteceu alguma coisa?- ele se vira para Klaus com uma expressão curiosa e intrigante.

Klaus: Não aconteceu nada, não se preocupem!- diz dando fim no assunto.

Lyssa: Bem... Preciso ir para a enfermaria, bom dia para vocês!- diz.- E Fayla, seja bem vinda ao nosso refúgio!- eu agradeço pela cordialidade. Ela se despede deixando a mesa.

Lukkas: Klaus, será que depois poderíamos conversar?- pergunta e na mesma hora cruza sua mão com a de Sofie.

Klaus: Claro!- responde meio receoso. Assim que o silêncio se instala novamente, Klaus se levanta e me surpreende ao sentar ao meu lado no lugar onde Lyssa estava.- Esta bem?- pergunta quase num sussurro.

Fayla: Sim, apesar que o que aconteceu ainda está na minha mente... incrivelmente este lugar me traz uma paz inexplicável!- digo observando o ambiente sereno daquela manhã.- E como foi sua conversa com o Américo?- pergunto curiosa e receosa.

Klaus: Este jardim é realmente um tesouro escondido!- comenta ignorando minha pergunta.

Fayla: Sim!- resolvo não insistir vendo que ele não quer falar sobre o assunto.

Percebo que Sofie e Lukkas disfarçavam, muito mal por sinal, que não estavam tentando escutar nossa conversa.

Klaus: Se me permite dizer, este lugar fica ainda mais encantador com sua presença aqui!- fala galanteador. sinto um calor subir pelas minhas bochechas diante desse seu comentário repentino. Ele possui uma maneira intrigante de se expressar.

Fayla: Você tem um jeito peculiar de ver as coisas... Mas obrigada!- tento disfarçar meu nervosismo. Ele apenas sorri.

Há algo em seu jeito de me olhar que desperta uma curiosidade em mim.

Fayla: Me diz Klaus, qual sua história?- dou inicio a uma conversa.

Yumi: Isso garota, se joga!- fala em minha mente.

Klaus: O que posso dizer... Minha história é como um livro, aberto em algumas páginas e fechadas em outras...- diz com um toque de mistério.

Por um momento o mundo ao nosso redor parece parar, como se fosse apenas eu e ele ali. Os olhos de Klaus brilham intensamente enquanto eu sou incapaz de desviar o meu olhar.

Até que aquele momento vai esvaindo quando escutamos um grito dilacerante ecoar pelo jardim. Todos nos viramos abruptamente na direção do som, a procura do autor deste barulho. Quando de repente, emerge da entrada do refúgio uma figura frágil e desorientada, fazendo com que os guardas que vigiavam o portão do local ficassem alertas.

Sofie: Quem é aquela?- fala assustada.

Levantamos todos da mesa e nos aproximamos do local para observa-la melhor. Até que todos parecem ficar atônitos ao vê-la melhor. Encaro todos confusa com a situação. Klaus parecia o mais afetado.

Klaus: Mia!- ele abre o portão bruscamente e se aproxima dela para ter certeza de quem é.

Mia: Klaus... Eu... Eles... Por favor, me ajuda!- ela cai nos braços de Klaus desacordada.

Fayla: Precisamos levá-la até Lyssa, ela necessita de cuidados!- digo firme.

Klaus: Sim, esta certa, vou levá-la!- ele a olha com preocupação antes de pegá-la no colo.

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