•Capitulo Dezoito•

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Fayla Narrando:

As primeiras luzes do dia penetravam timidamente pela vasta vegetação da floresta, lançando sombras longas e misteriosas sobre o refúgio. O ar fresco da manhã era prazeroso. Observo Lukkas e Sofie acenando para que me junte a eles, porém enquanto passava pelos portões de entrada, tive uma sensação estranha e desviei meus olhos para entre as árvores, minha visão capturou um lampejo de algo sinistro. Uma bruxa, com olhos faiscantes de malícia, conjurando algo.

As sombras da floresta se agitam quando um monstro de pedra surge derrubando varias árvores ao seu redor e logo avançava impiedosamente em nossa direção.

Fayla: Corram!- gritei para todos ali enquanto observava o monstro cada vez mais perto.

A agitação logo se faz presente, todos começam a correr de um lado para o outro imersos em um completo desespero. Me junto a Lukkas e Sofie que agora estavam observando o monstro ainda mais próximo.

Lukkas: Não podemos deixá-lo nos alcançar!- gritou por conta do barulho exorbitante.

Sofie: Droga, o que vamos fazer?- perguntou com os olhos arregalados de terror.

Américo: Guardas em posição!- ordena saindo da casa.

Outros guardas se juntaram aos que já guardavam a entrada e ficaram em posição de ataque.

Klaus: Vocês estão bem?- pergunta se juntando a nós. Assenti o tranquilizando.

Américo: Lukkas, Klaus venham comigo!- ele joga espadas para os dois os chamando pra luta.

Klaus: Ajudem os outros a se protegerem!- pede antes de sair correndo.

Armados com coragem e determinação assim que o monstro irrompe no refúgio, os guardas enfrentam o monstro, desferindo golpes. A batalha é intensa, com o sol brilhando sobre eles enquanto lutam para salvar nosso lar.

Enquanto junto com Sofie eu ajudava os outros a se protegerem tento encontrar a bruxa que eu havia visto na floresta conjurando algo. E para minha sorte ela ainda continuava ali, com certeza ela era responsável por esse ataque.

Fayla: Sofie ajude os outros a se esconderem, eu preciso fazer algo!- ela me olha confusa.

Sofie: O que você vai fazer?- ignoro sua pergunta.

Corro em direção a floresta em busca de enfrentar aquela maldita bruxa.

Yumi: Vamos nessa, Yla!- me encoraja.

As patas de Yumi tocam o solo da floresta após nossa transformação, sinto a energia da natureza fluindo através de minha loba, alimentando nossa coragem e força. Diante de mim, a bruxa até agora desconhecida, ergue-se com arrogância, pronta pra me desafiar. Seus olhos encontram os meus, faiscando com malícia e desejo de poder. Mas eu não recuo.

Com um rosnado baixo, avanço em direção a ela, cada músculo tenso, cada movimento fluindo com graciosidade e poder. A bruxa tenta me deter com seus feitiços sombrios, mas eu os enfrento com coragem e astúcia. O instinto lupino guia nossos movimentos, permitindo-me esquivar-me dos ataques e contra-atacar com precisão letal.

A batalha desenrola, com Yumi desafiando sua velocidade e agilidade. Finalmente com um último esforço, lanço-me contra a bruxa, as presas afiadas da minha loba encontrando seu alvo com precisão. Ela cai derrotada no chão.

Volto a minha forma humana, e me aproximo dela observando-a se contorcer de dor.

Fayla: Quem mandou você?- pergunto.

Bruxa: Você pode ter vencido essa batalha, híbrida, mas não subestime o poder do meu senhor, Hades... Ele é uma força que não pode ser ignorada, um mestre das sombras e dos abismos mais profundos!- ela pausa por um minuto, enquanto a dor lhe consome.- E quando chegar o momento, ele irá se vingar desse insulto com fúria que fará tremer os próprios fundamentos deste mundo insignificante!- com essas últimas palavras, a bruxa cai em silêncio, seu corpo desfazendo-se em meio à derrota.

Lukkas: Sofie!- gritou aterrorizado quando uma pedra arremessada pelo monstro, ainda vivo mesmo depois da morte de sua criadora, atingiu Sofie em cheio, derrubando-a com um grito de dor dilacerante. Rapidamente corro até lá, para salva-la.

Lukkas e eu corremos em sua direção. Até que eu vi Lukkas se lançar valentemente na direção de Sofie, tentando protegê-la de mais um ataque. Mas ele foi atingido antes que pudesse alcançar ela, seu corpo sendo jogado para longe com um impacto violento.

Fayla: Lukkas!- gritei, correndo para ajudá-lo.

Sofie, apesar de sua dor, ela consegue se liberar da pedra que lhe atingiu e arrastou-se até onde Lukkas estava, seus olhos cheios de lágrimas enquanto ela o segurava com desespero.

Sofie: Não desista, Lukkas!- ela implorou, suas mãos tremendo.- Lute!- pede aos prantos.

Me ajoelho em seu lado e observo Lukkas que com muito esforço abriu os olhos, seu olhar encontrando o de Sofie com amor e determinação.

Lukkas: Eu te amo, Sofie!- declarou em um suspiro dolorido.

Com lágrimas rolando por seus rostos, eles se abraçaram unidos em seu amor. Me viro prestando atenção no mostro, uma vez temível e imponente, o ser começa a tremer diante dos esforços dos guardas que ainda o enfrentavam. Seus contornos começam a se desfazer lentamente, fragmentando-se em pedaços cada vez menores. A luz do sol brilha cada vez mais como se a própria mãe natureza estivesse o expulsando.

Então, num piscar de olhos, o monstro desaparece completamente, deixando pra trás apenas um rastro de poeira e ruinas. Todos olha ao redor, surpresos com o repentino desaparecimento da ameaça que nos assolavam momentos antes. Uma sensação de alivio envolve o clima do refúgio.

Américo: Embora o monstro possa ter desaparecido, a paz ainda não está totalmente garantida!- afirma se aproximando de nós.

Klaus ajuda Sofie e Lukkas a se levantarem.

Fayla: Havia uma bruxa na floresta, com certeza foi ela que conjurou esse monstro!- revelo.

Sofie: Fayla a derrotou com destreza!- afirma.

Klaus: Por que ela estaria fazendo isso?- pergunta olhando para Américo.

Fayla: Ela disse antes de morrer que, seu senhor iria se vingar!- digo.- Seu nome é Hades!- todos se olham assustados.

Sofie: O Deus do Submundo?- questiona surpresa e assustada.

Américo: Pelos deuses...- esbraveja parecendo saber de algo que a gente não sabe.

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HÍBRIDA REJEITADAOnde histórias criam vida. Descubra agora