•Capitulo Vinte e Seis•

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Fayla Narrando:

Após ser convencida por Klaus a voltar a sala de jantar, mesmo após todos já terem começado sua refeição, sinto-me confortável por estar ali. Sofie não deixava de demonstrar sua felicidade por ter visto Klaus e eu chegarmos juntos.

Sofie: Como a convenceu de voltar?- pergunta ao irmão.

Klaus: Tive meus métodos!- responde enquanto me encara sugestivo.

Sofie: Que métodos?- pergunta mais uma vez.

Sinto minhas bochechas corarem ao lembrar do que aconteceu no quarto entre nós dois. Que por sinal não tocamos mais nenhuma palavra sobre depois que saímos de lá.

Lukkas: Sofie, deixe eles comerem em paz!- pede dando uma piscadela em nossa direção.

Sofie: Cala a boca, Lukkas!- ordena impaciente. E rimos dos dois.

Klaus: O que acha de darmos um passeio no jardim depois do jantar?- pergunta próximo ao meu ouvido para que somente eu escute. O encaro surpresa e nervosa com a possibilidade de ficar sozinha com ele novamente.- Para conversar...- finaliza parecendo perceber meu estado.

Fayla: Tudo bem... Só preciso passar no meu quarto antes de ir!- digo e ele concorda.

Volto minha atenção a comida em meu prato mas logo sinto o olhar penetrante de Ivan, que estava sentado ao lado de Américo na ponta da enorme mesa. Seus olhos estavam fixos em mim, mas havia algo a mais, ele parecia estar possesso de raiva. Que os deuses me protejam.

Yumi: Tenho vontade de estraçalhar ele em mil pedacinhos!- rosna.

(...)

Klaus e eu paramos em frente ao meu quarto e logo sou agraciada com suas mãos em meu rosto acariciando com delicadeza. Fecho meus olhos aproveitando a sensação do seu toque.

Klaus: Infelizmente vamos ter que deixar nossa conversa para depois...- diz com tristeza na voz.

Fayla: O Américo precisa de você, espero que o informante de Hades seja encontrado logo!- ele concorda.- Se precisarem de ajuda sabe que pode contar comigo!- um sorriso surge em seus lábios.

Klaus: Tenho certeza que posso contar...- ele une nossos lábios em um beijo casto.- Estou viciado em seus lábios!- confessa me pegando de surpresa.- Sei que tudo está acontecendo rápido demais entre nós, mas prometo que vou mais devagar se for de sua vontade é claro...- sugere.

Fayla: Acho que é o melhor a se fazer... Muitas coisas estão acontecendo conosco e não podemos deixar nos levar por nossos sentimentos e tomar decisões precipitadas... E também eu...- quando percebi que estava prestes a revelar que eu estava com medo hesitei a tempo.

Klaus: Ei...- ele toma meu rosto com as duas mãos e me observa rapidamente.- Teremos muito tempo para nos resolver, enquanto isso vamos deixar as coisas acontecerem... Tudo no tempo certo!- concordo.- Tenho que ir agora, tenha uma boa noite, Opale!- meu coração acelerar ao ouvir o apelido. "Opala" uma pedra preciosa e muito rara.

Nos despedimos com mais um beijo e logo entrei em meu quarto. Respiro fundo ao finalmente refletir sobre tudo o que aconteceu nessa noite, o beijo que a Mia deu em Klaus na frente de todos e em como isso mexeu comigo, depois ele vindo até meu quarto e falando tudo aquilo para mim, nosso pequeno momento, eu ainda podia sentir como fui tocada por Klaus. Mas logo toda essa boa sensação da lugar ao medo, eu não podia de forma alguma deixar de pensar em como tudo isso pode ruir de uma hora pra outra, e se Klaus perceber que seus sentimentos por mim não são verdadeiros e me rejeitar, se ele vê que na verdade não deixou de amar Mia, e o que o refúgio vai pensar sobre nossa relação. Muitas dúvidas surgem em minha mente.

Sou tirada de meus pensamentos ao ser surpreendida por uma coruja pousada na janela com algo no bico. Me recomponho e com cautela me aproximo dela, o animal parece ser manso e não demonstrou nenhum sinal de hesitação por minha aproximação.

Fayla: Olá mocinha!- digo e estendo minha mão e a acaricio, ela parece gostar pois seus olhos se fecham apreciando rapidamente. Ela solta um pequeno pedaço de papel dobrado e amarrado em cima da minha cama e da vôo sem se despedir.

Tento acompanha-la até onde podia ver até que ela some de minha vista no meio das árvores. Fecho a janela e volto minha atenção ao papel que trouxe até mim. Retiro o fio que o deixava fechado e começo a ler seu conteúdo.

"Querida Fayla,

Escrevo-te em presságio sombrio dos dias por vir. O plano maléfico de Hades está prestes a se desdobrar nas profundezas do submundo. As sombras tecem-se em torno de todos os mortais, e o seu mundo logo sentirá o peso de sua fúria. Mantenha-se vigilante, pois o momento se aproxima. O véu entre os mundos enfraquece, e o Deus dos mortos mostrara sua ira.

Com grande pesar, Deusa..."

Pelos deuses, isso não pode ser verdade. Hades não teria coragem de cometer tamanha atrocidade a este mundo. Se este bilhete estiver correto, não temos muito tempo para nos preparar para o que vier, eu preciso fazer algo.

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HÍBRIDA REJEITADAOnde histórias criam vida. Descubra agora