Vampiros no teatro

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Esse capítulo não tem muitos acontecimentos, mas acho que terá coisinhas que vocês gostam, heh

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Dormimos tarde conversando um pouco de tudo, eu posso jurar que havia acabado de fechar os olhos, quando fomos acordadas com batidas fortes na porta.

_Meila abre essa porta_ mais batidas_ você mandou uma mensagem ontem dizendo que aconteceu alguma coisa e já está atrasada pra reunião _Gustavo bate na porta com ainda mais força _ se eu entrar aí e você estiver morta eu te mato.

Meila levantou ainda sonolenta, se esforçou pra colocar uma pantufa nos pés e apertou o laço do robe. Ela abriu a porta, bocejando.

_O que você quer Gustavo?

_Amiga, não é querendo dizer nada, mas você tá destruída. Você não dormiu a noite fazendo o que?

Ele colocou a cabeça pra dentro do quarto e me viu, acenou sorrindo e eu acenei de volta.

_Eu sei que vocês duas estão vivendo uma espécie de lua de mel, transando em cada móvel, mas responsabilidade primeiro, você está atrasada pra uma reunião do departamento de linguagens_ ele disse cruzando os braços, tentando parecer sério.

_Ok, primeiro nós não estamos transando em todos os móveis, segundo, uma vez na vida eu tenho o direito de me atrasar e deve ser só alguns minutos.

_Meia hora já.

Meila arregalou os olhos, fechou a porta na cara do Gustavo e correu pra o guarda roupa se vestir.

_Eu sugiro que as duas façam o mesmo, estamos todas atrasadas.

Quando ficamos prontas, ela abriu a porta e o Gustavo ainda estava lá. Ele encarou Meila saindo, depois eu e por último a Glória.

_Se você fizer alguma piada sobre isso eu arranco sua língua_ Meila ameaçou.

_Eu hein, nem ia dizer nada.

_Sei.

Ela me deu um leve beijo de despedida e depois virou-se para o Gustavo.

_ Se estamos atrasados vamos logo.

_Estamos é muita gente, você que está.

_Gustavo...

_E o que foi que aconteceu que você ainda não disse? Sabe que eu tenho ansiedade, já era pra ter aberto a porta contando a fofoca.

_Não me tira do sério, você sabe do que sou capaz.

Eles saíram implicando um com o outro, até sumirem de vista.

Toquei o ombro de Glória.

_Preciso começar minha aula, você vai ficar bem?

_Sim, ocuparei minha mente com a peça.

_Nos vemos no auditório a tarde.

Descemos as escadas juntas e tomamos caminhos diferentes. Entrei na sala e notei que as garotas estavam agitadas, eu não sabia o que era, mas não me esforcei para descobrir, cedo ou tarde elas me contariam.

_Bom dia turma, perdão pelo atraso, tive problemas pessoais. Já escolhemos o melhor roteiro para a peça, o texto é da Ana e da Marcela.

Ana era uma adolescente de cabelo castanho curto e olhos verdes, já a amiga, é uma garota negra, com um cabelo cacheado lindo. Olhando bem, tenho minhas dúvidas sobre só existir amizade entre elas, a forma como se olham, eu conheço esses olhares.

Se não fosse aquela noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora