Uma demônia ruiva e uma fada verde

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Oi gente, olha quem voltou, hehe. Antes de ler, favoritem o capítulo e deixem seus comentários, tudo isso é muito importante pra mim.

Depois de ler várias mensagens pedindo pra eu voltar e atualizar a história, aqui está. Fiquei um pouco insegura com esse capítulo, não sei se estou entregando o que prometi, mas espero que vocês gostem.

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Eu sabia que não deveria estar no quarto quando a Valentina saísse do banho, pois, pelo o modo como ela me olhou alguns minutos atrás era bem possível não sairmos do quarto, não que isso fosse ruim, nada disso, mas porque minhas entranhas estão revirando? Eu não posso estar nervosa, não é? Não faz sentido. Mulheres adultas não deveriam se sentir como adolescentes, mas ou é nervosismo ou uma grande indigestão, porque eu sinto que tem um alien no meu abdômen pronto pra se libertar.

Respiro fundo quando chego próximo ao refeitório, ajusto minha saia, passo a mão por ela tirando alguns pelos e sujeira e entro, ao bom estilo Meila Bernal. Aprecio o refeitório ficando mais silencioso à medida que me dirijo até a mesa dos professores. Eu adoro esse efeito paralisante que causo em todos, me sinto poderosa, quase como uma medusa, que eles evitam encarar para não se transformarem em pedra.

Sento do lado de um professor de biologia e outra de matemática e fico satisfeita por sobrar apenas um lugar na mesa, do lado do Gustavo e que não era de frente pra mim, assim eu poderia evitar a demônia ruiva durante o jantar.

Comecei a me servir, estava satisfeita, com um sorrisinho sarcástico no canto dos lábios, isso até os dois professores terminarem a refeição e se levantarem, me deixando completamente vulnerável.

_Mas já? Será que eles estavam aqui desde que as portas se abriram? _ questionei.

_Devem estar cansados, os últimos dias foram corridos_ Glória disse, se servindo de mais salada.

Estava prestes a completar sua fala, quando uma voz conhecida me fez quase derrubar os talheres no purê.

_ Oi gente, sinto que estou atrasada.

Valentina senta ao meu lado, muito, muito perto. É sempre assim ou eu só percebi isso hoje? Mesmo sem me virar, consigo sentir seus olhos verdes "queimarem" a minha pele.

_Imagina amiga, eu estava ansiosa pra você aparecer. Tenho novidades!

Eu não sei quais são essas novidades, mas graças a Deus que a Glória decidiu conta-las agora, porque com a sua empolgação, Valentina direciona sua atenção para a amiga e eu novamente posso respirar.

_ E quais seriam essas novidades? Pelo seu sorriso de orelha a orelha deve ser algo bom.

_Na verdade é ótimo Val. Eu fui convidada para uma palestra no curso de teatro de uma Universidade conceituada de São Paulo.

Valentina alcançou a mão da amiga do outro lado da mesa e fez um carinho.

_Olha só, que bom que você está sendo reconhecida Glória, você tem muito talento, já estava na hora das outras pessoas descobrirem isso.

Glória corou instantaneamente.

_Não é pra tanto Val.

_É pra tanto sim_ Guilherme completou_ Diz para ela que modéstia demais não combina com gênios Valentina.

_Vocês dois vão me deixar envergonhada.

Joseph e Gustavo também elogiaram a Glória, enquanto ela agradecia e procurava onde se esconder.

Depois que o assunto mudou e a mesa toda se envolveu em uma conversa acalorada, eu senti uma mão na minha perna direita. Olhei para Valentina e ela estava olhando para frente, concentrada no que Joseph estava dizendo, concordando ou argumentando sobre algo que eu não conseguia entender, pois tudo que eu conseguia me concentrar era em sua mão descendo devagar pela minha coxa. Seus dedos aos poucos se dirigindo para um certo lugar e ela não parecia se intimidar com o fato da mesa está cheia, nem mesmo com o fato do refeitório estar lotado, ela estava calma, enquanto eu estava uma pilha de nervos.

Se não fosse aquela noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora