5 - Alguém te machucou?

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SALVEEEEEEEEEEEE

Espero que curtam o capítulo, votem e comentem se gostarem. Boa leitura! 💕


★ི꙰͝★


— Na minha época, quando seu pai ia dormir na casa dos meus pais ou eu na casa das mães dele, dormir era a última coisa que a gente fazia. — Eu acordo na manhã do dia seguinte com a minha mãe entrando no quarto sem bater na porta. — Jimin, você só me decepciona.

Eu já estou acostumado com suas aparições repentinas no meu quarto, mas sei que desta vez entrou para tentar me pegar pelado ou algo que indicasse que eu havia transado com Jungkook, para poder caçoar de mim mais tarde – sim, minha mãe é esse tipo de pessoa.

Só que Jungkook e eu não transamos e ela com certeza vai me zoar por causa disso.

Abro apenas uma fresta dos olhos e a pego de braços cruzados na porta.

— Vai dormir, mãe — murmuro, e volto a fechar os olhos e abraçar o...

Demônio?

— Mãe?

O tom de confusão da minha mãe me faz abrir os olhos outra vez, desta bem abertos. É então que eu me toco: eu ainda sou Jeon Jungkook.

Por alguma obra demoníaca sou eu quem está abraçando o garoto. Que, na verdade, é meu corpinho desacordado. E para completar, minha mãe está me olhando como se eu fosse lunático por tê-la chamado daquele jeito.

— Desculpa, eu... — É foda ter que pedir desculpas por chamar a minha mãe de mãe. — Meu cérebro não funciona direito pela manhã.

Ela parece se contentar com a desculpa esfarrapada. E nosso falatório acorda Jungkook. Meu braço está ao redor da cintura dele quando o sinto se remexer e virar.

E aí Jungkook me abraça de frente e enterra o rosto no meu peito.

— Bom dia, querubim — ele deseja com o tom baixo e rouquinho, esfregando o rosto em meu peito como um gatinho manhoso.

Sua mãe está bem olhando a sua graça, Jimin — alerto. Jungkook se afasta um pouco para olhar para a porta, só então parece se tocar que tudo ainda está um caos; que eu ainda sou ele e que ele ainda sou eu.

Ele suspira cansado e volta a enterrar o rosto em meu peito, choramingando.

— Eu vou deixar vocês sozinhos mais um pouquinho. — Minha mãe se toca que tem alguma coisa acontecendo, e eu agradeço mentalmente por ter saído e fechado a porta de novo.

Eu não sei o que fazer. Não sei o que falar. Não sei se vai voltar ao normal. Se vai demorar muito. Eu não sei de nada. E estou com medo. Apavorado.

É tudo tão surreal.

— Nochu — Mordisco o inferior de leve. —, vai ficar tudo bem.

É então que me dou conta: eu tô consolando ele, porra.

Caralho, o mundo virou mesmo de ponta cabeça.

Eu anuncio que preciso ir ao banheiro. Não é uma verdade absoluta, mas fico aliviado porque ele enfim se afasta.

Depois de escovar os dentes e lavar o rosto, foco alguns bons minutos sentado na tampa da privada com o rosto entre as mãos até decidir tomar banho.

Eu não quero mais.

ELE • pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora