25 - Euphoria (não reescrito)

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— Aonde vamos? — questionei quando, depois de me chamar, ele abriu a porta de casa e continuou andando até estarmos do lado de fora, fechando-a logo em seguida.

Não faço ideia de que horas eram aquilo, mas era tarde. Depois que Jungkook me confessou que estava feliz, eu o abracei. E fiquei feliz por ele. Afinal, vê-lo bem me fazia bem também.

Era como reflexo. Um espelho. Ele fica bem, eu também. Ele fica mal, eu também. E a mesma coisa quando comigo.

— Quero te levar a um lugar — foi a resposta dele, que me olhou e sorriu. — Confia em mim?

— Confio. — Não era nenhum segredo.

Depois daquilo, eu me deixei ser guiado por ele. Lado a lado, nós caminhamos pela calçada ou pelo canto da rua iluminada apenas pelas luzes dos postes e faróis dos carros. Eu conhecia aquele caminho, só não sabia para onde exatamente nós estávamos indo. Foram uns dez minutos andando, já que ele disse que queria ir bem devagar.

— Não vão notar que sumimos tão tarde? — questionei quando atravessamos a rua depois de olhar para os dois lados.

— Hoseok e Yoongi sabem. — Franzi o cenho. — Eles meio que me ajudaram a bolar isso, então...

— E o que seria "isso"?

— Você vai ver. — Enfiou a mão no bolso. — Eu só... queria ficar um tempinho sossegado com você. Só... Só nós dois.

Tremi na base? Com certeza.

— Chegamos — anunciou.

E eu fiquei ainda mais confuso quando vi que era a... casa dele? Nós tínhamos vindo para a casa dele.

— Sua casa? — Ele assentiu e andou até a porta sem soltar a minha mão. — Mas... E o Seunghyun?

Ele destrancou e olhou para mim ainda sem abrir a porta.

— Ele não mora mais aqui. — Acariciou o dorso da minha mão. — A casa não é dele, então... foi embora. Os dois. — Beijou minha testa. — Feche os olhos.

— O que você está aprontando, ein? — Soltou uma risadinha maléfica.

— Vou te fazer meu hoje. — Engoli em seco. — E quero que me faça seu. Mas você precisa fechar os olhos e confiar em mim.

Eu assenti e deixei um rápido selo em sua boca antes de fechar os olhos. E aí eu escutei a porta ser aberta, não demorando muito mais para que sentisse suas mãos me guiarem casa adentro.

Eu estava nervoso. E muito curioso.

— Você me considera um cara cafona? — Ri com o questionamento dele, escutando a porta ser trancada antes de ele continuar me guiando para algum lugar.

— Com certeza. — Sua vez de rir. — Cafona. Brega. Clichê. E exagerado às vezes também.

— Ótimo. Perfeito. — Senti seu peito colar em minhas costas, me fazendo parar de andar quando enlaçou minha barriga com os braços, descansando o queixo em meu ombro. — Você vai ver que eu posso ser pior que isso.

— Impossível.

— Te garanto que é. — Beijou minha nuca. — Abra os olhos.

Eu suspirei e fiz o que pediu, não contendo a ansiedade.

E meu sorriso foi quase instantâneo.

Ainda estávamos na sala. Nenhuma das luzes da casa estavam acesas, mas não estava um total breu. Os sofás foram afastados junto com todas as outras mobílias da sala, estavam todos colados na parede de forma que deixava o meio livre.

ELE • pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora