17 - Jimin... Eu não sei se consigo (não reescrito)

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Como sempre, eu dormi sendo abraçado e acordei o abraçando.

Eu realmente não sei o que acontece.

Quando despertei verdadeiramente, sequer abri os olhos. Não fazia ideia que horas eram, mas era de manhã; e eu não acordei porque perdi o sono.

Foi por causa da porra daquele apito.

Acho que esse foi o melhor jeito que o treinador encontrou para acordar o time dele.

— Eu vou meter um chute na bunda desse cara, na moral — Jungkook murmurou, rouquinho e sonolento. Sua voz estava um pouco mais grossa que o comum e eu chutava que era porque ele estava com o rosto quase enfiado no travesseiro.

Soprei um riso e me afastei, rolando para o outro lado e suspirando.

Que apito chato da porra.

Sentei na cama com os pés para fora dela, de costas para Jeon que ainda estava deitado, e me inclinei para ver a hora no celular.

São seis horas da manhã. A desgraça do jogo era apenas às nove.

Não que tivesse a ver, mas... eu jurava que tinha deitado do outro lado da cama antes de dormir. Eu estava com sono demais para achar isso, provavelmente.

Suspirei e olhei para trás, vendo que Jungkook havia deitado de bruços e jogado um travesseiro por cima da cabeça dele, provavelmente a fim de abafar um pouco aquela barulheira toda.

Fiquei de pé e fui ao banheiro. Acho que poderia dizer que aquele era um dos poucos quartos com banheiro dentro. E eu nunca agradeci tanto por ser capitão e ter esses privilégios.

Empurrei a porta esfregando um dos olhos e fui direto para a privada a fim de esvaziar a bexiga e tal.

O fato foi que não saiu.

Eu coloquei meu pipi para fora, mas não consegui fazer xixi porque tinha a porra de um mancha amaronzada ali. E, cacete, eu conhecia bem aquele coraçãozinho.

— Vai se fuder — xinguei e enfiei meu precioso de volta na cueca, andando rápido até a pia, quase tropeçando no tapete.

Na moral, eu entrei em pane e acho que meu sistema central desligou quando me vi no espelho.

Era eu. Tipo, eu mesmo. Park Jimin. Baixinho e bochechudo.

Eu bati três vezes seguidas no na minha bochecha. Doeu, mas ainda era eu.

— Não é possível. — E, caralho... Era tão bom falar e sair a minha voz.

Jungkook.

— Nochu! — Saí do banheiro na velocidade da luz e subi na cama, sacudindo o corpo adormecido.

— Hm? — ele resmungou sonolento.

— Jungkook, por favor. Acorda. Não me soca, dessa vez. — O puxei pelo ombro e o fiz deitar de barriga para cima.

Se ele me socasse, eu desmontava.

— Deita mais um pouquinho aqui comigo — resmungou de novo, ainda de olhos fechados, e me puxou para ele.

— Cacete! Abre a porra do olho! — dessa vez eu falei alto, irritado, exatamente como fazia com ele quando ainda era eu nos anos anteriores.

Eu o vi franzir o cenho e levantar as pálpebras como se tivesse com medo do que poderia ver. E quando suas íris finalmente focaram em mim eu pedi mentalmente para que aquilo não fosse apenas um sonho.

Eu ficaria muito triste se aquilo fosse apenas um sonho.

Caralho... Eu estava vendo o Jungkook, na minha frente! E não precisava mais estar em frente ao espelho para isso.

ELE • pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora