29 - Promete que vamos ficar juntos para sempre? (não reescrito)

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Ter primos já é foda. Agora, ter primos de dez anos ou menos... Mano... É o verdadeiro pandemônio.

— Jimin! Como você cresceu! — Ver família depois de anos também é outra coisa que não deveria existir. Sinceramente.

— Oi, titia. — Sorri forçado, me deixando ser apertado por ela.

Não gosto dela.

O fatídico dia 23 de dezembro chegou e eram quase nove da manhã quando meus parentes chegaram. Não eram tantos, na verdade, mas os Park eram tão agitados que parecia um time de futebol ganhado um campeonato.

Minha avó havia vindo de novo. Ela era a única que ficaria para o ano novo. O restante era a irmã da minha mãe, que tinha um filho de 9 anos do cu riscado. Essa tia havia trazido o marido também, mas ele era tão na dele que às vezes parecia que nem existia. E tinha o irmão do meu pai, que era pai solteiro de uma garota. Minha prima. A questão é que... ela já gamou no Jungkook. Sei disso apenas pelo jeito que ela olhou para ele quando o viu.

Enfim... Vamos deixar essa parte de lado, por enquanto.

— Lembra de mim? — questionei ao meu primo mais novo.

— Lembro. A mamãe diz que você é um viadinho e que não era para falar mais com você. — E é assim que a criança cresce podre. Não tem culpa de nada, tadinho.

— É. Eu sou. E você não deveria ficar perto de mim se não você vai ser também. — Estiquei a mão e toquei o ombro dele.

Achei que ele recuaria. Que diria alguma coisa ruim. Ou que gritaria a mãe dele. Achei mesmo.

Mas não.

Ele ficou paradinho me olhando.

— Você é legal, hyung. Eu gosto de você. Quero ser um viadinho igual a você.

Eu fiquei realmente surpreso ao escutar aquilo.

Moleque esquisito.

— Olha... Não diga isso a sua mãe. — Me abaixei um pouco para ficar na altura dele, checando se a mulher ainda falava com minha mãe. — Não é algo que a gente escolhe, entende? Mas quero que saiba que não tem problema nenhum em ser gay. E se você descobrir que é como eu, está tudo bem. Vamos nos dar bem, inclusive. — Sorri fraco quando ele sorriu largo e assentiu.

E ele ter me abraçado depois daquilo me deixou completamente sem reação.

— Oh! — soltei surpreso quando fez aquilo, sentindo ele me apertar pela cintura e afundar o rosto na minha barriga. — Tudo bem, moleque. Pode soltar. — Dei batidinhas de leve em suas costas, tentando controlar a quentura nas bochechas.

Talvez ele não fosse tão do cu riscado assim.

Depois que ele me soltou, voltou correndo para o pai dele, esse que conversava com meu pai e meu outro tio. Enquanto isso, eu olhava para trás a tempo de ver Jungkook me olhando com um sorrisinho na boca.

E aí ele deu uma risadinha.

— Está todo vermelhinho, jagi — ele disse.

E riu de novo.

— Está rindo do quê? Eu vou te descer a porrada. — Ergueu as mãos em rendição, mas não fez esforço nenhum para esconder o sorriso.

— Espírito natalino, hyung. Paz e amor no coração. — Revirei os olhos.

Eu continuei sendo simpático, cumprimentando meus dois tios e minha prima. Ela era um ano e meio ou dois mais nova que eu. Sou péssimo com datas de aniversário.

ELE • pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora