26 - É guerra que ele quer? É guerra que ele vai ter (não reescrito)

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— Oi — falei, sem forças nem para abrir os olhos.

Boa tarde, bela adormecida. — Franzi o cenho. — Estão dormindo ainda? — Eu só resmunguei alguma coisa, incapacitado intelectualmente para pensar numa resposta para aquilo por ter acabado de acordar.

Com o cacete do celular tocando.

Eu só queria saber se vocês estão bem — continuou. — Já são quase uma da tarde e não deram sinal.

Passei a língua entre os lábios e abrir os olhos devagar, notando que ainda estávamos sob as estrelas da cabana que o Jeon fez.

— Estamos bem, mãe — respondi, contendo o sorriso ao lembrar tudo o que aconteceu para eu estar ali; deitado com o corpo nu de Jungkook grudado no meu, já que ele ainda me abraçava. Provavelmente dormindo ainda. — Só... dormimos demais.

Voltei a fechar os olhos.

Tudo bem. Eu vou deixar você voltar a dormir. — Soprou um riso. — Só não demorem tanto para voltar para casa. E tomem cuidado.

— Ok — respondi apenas, escutando um "tá, tchau" antes de ela mesma desligar.

Joguei o celular de volta onde peguei e suspirei, passando as costas da mão nos olhos ao mesmo tempo que bocejava.

Me mexi demais quando tentei me soltar dele para ir fazer xixi e acabou que, em vez de soltar, ele me prendeu mais em seu braço.

— Onde vai? — rouco e próximo a minha orelha, ele questionou. Me arrepiei todo.

— Ao banheiro. — Joguei minha mão para trás, acariciando quando toquei seus cabelos. — Bom dia.

Murmurou alguma coisa e beijou minhas costas na altura do ombro, fazendo um carinho suave no meu abdômen.

— Dormiu bem? — questionou depois de um tempo.

— Divinamente. — Senti seu sorriso contra a minha pele. — E você?

— Lembro que me perguntou isso uma vez. Logo que minha mãe morreu — comentou e eu havia lembrado da mesma coisa.

— Sua resposta havia sido não — pontuei. — E agora?

— Eu dormi assustadoramente bem. — Sorri e senti seu beijo no vão entre meu pescoço e ombro. — Já faz um tempo, na verdade. Desde que começamos a nos dar bem. E hoje foi... melhor ainda que os dias anteriores. — Me forcei a virar de frente para ele. — Sabe por quê? — Suspeitava, mas neguei. — Porque eu acordei ao lado do meu namorado. — Arrepiei, aleluia. — Sabe quantas pessoas conseguem namorar o crush? É muita sorte.

— Você é muito besta, amor — sorrindo, falei. — Eu quero... — Passei a ponta dos dedos em sua testa, tirando os fios dali e os colocando atrás da orelha. — quero escutar isso todas as manhãs. — Acariciei a lateral do seu rosto amassado super fofo. — Que você dormiu bem. Todos os dias. E quando não dormir, quero saber o porquê.

— Pode deixar. — Beijou minha testa, me abraçando mais.

— Eu preciso mesmo ir ao banheiro — falei e ele riu, me soltando, mas só me deixou levantar depois de um selinho.

— Nossa... — Soltou quando me sentei. — Que corpo maravilhoso. Ainda mais por estar todo marcadinho.

Ignorei, né? Claro.

— Sabe que horas são? — Negou e me ajoelhei, me livrando da coberta. — Uma da tarde. Dormimos demais.

— Ainda bem que é sábado. — Suspirei ao fitar seu corpo na mesma intensidade que ele fitava o meu.

ELE • pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora