16 - Fins e Começos

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Eu andei decidida em direção a Yvoni.

- Ah, aqui está você de novo, minha querida Ellanor. O que está fazendo por aqui minha criança?

-Eu não me lembro, na última vez eu fui embora de repente sem poder te ajudar. Por isso voltei. Eu também gostaria de me desculpar pelo meu amigo.

- O pequeno sugador de sangue?

-Sim, ele...

- Não tem problema, ele é um insignificante mesmo.

-É verdade, eu nunca vi ninguém mais inútil - Me desculpe Nevra - mas por que falar dele? Será que eu posso ver o machucado que ele fez em você? - eu me aproximei bem devagar.

- Você acha que eu sou idiota? Saiba que eu não sou nenhuma pobre mestiça como você. Eu sou de raça pura e por isso eu fui escolhida por ele! Ele soube identificar a minha inteligência e a minha boa fé - de quem ela está falando agora? Quem a escolheu? - Agora nós somos um, ele é só meu.

Eu fechei os punhos e andei para trás em direção aos outros. Yvoni gritou falando que sabia que estávamos ali tentando alcançar sua árvore e lançou uma flecha de madeira na direção do Nevra, que soltou um palavrão.

- Eu não preciso alcançar a sua árvore, eu posso acabar com você diretamente - Neves gritou.

Nevra correu na direção da Yvoni e eu automaticamente entrei no meio e mandei a Yvoni pensar melhor no que estava fazendo. Ela parou e disse que era tarde demais para ela, ela precisava de mais...sangue. Yvoni ia me atacar, Nevra me empurrou e recebeu o golpe caindo de lado. Ela veio na minha direção e eu tive que me defender. Peguei uma de minhas flechas e, com as mãos mesmo, cravei ela na barriga da Hamadríade. Ela deu um grito. Enquanto ela estava distraída, Nevra levantou e lançou várias pequenas facas, que ele levava em seu cinto, na Yvoni, que foi afastando para longe da árvore. Quando ela estava distante o suficiente, ele jogou uma poção na árvore que a incendiou numa rapidez impressionante. A Hamadríade gritava enquanto as labaredas consumiam rapidamente a madeira.

- Miserável, bando de vermes. Você vai me pagar Ellanor!

No momento em que ela era consumida pela chama, vários cipós voaram em minha direção.

- ELLANOR! - Quando eu abri meus olhos novamente, eu percebi que eu estava encolhida nos braços do vampiro. Ele, me protegeu. Me cobriu com sua manta e me protegeu do fogo.

Em volta de nós haviam muitas brasas que voavam no ar. Não era a primeira vez que eu via a morte de perto, mas eu não me sentia nada bem.

-O que foi que fizemos?

- Fizemos o que deveria ser feito. Não pense mais nisso, Ella.

-Você tem razão...- Nos levantamos.

- Eu sei... Mas eu não tinha previsto o fim disso.

-O que você quer dizer? - ele vasculhou as cinzas e encontrou um pedaço do cristal

- Ela estava guardando isso - ele pegou o cristal e me mostrou.

-Era disso que ela estava falando quando dizia ter sido escolhida?

- Sem dúvida. Eu...

- Nevra! O que aconteceu? - Ezarel e os outros se aproximaram.

- Vencemos a Hamadríade.

- Sim, eu percebi. Mas como?

- Vocês não viram?

- Não, havia uma espécie de tela em volta de vocês, foi muito estranho.

Eldarya - Rota NevraOnde histórias criam vida. Descubra agora