52 - Enigmas

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Leiftan anunciou que a Academia estava segura, eu finalmente podia proceder as minhas buscas.

- Eu vou com você, posso ajudar se houver alguma tradução a fazer.

-Você tem razão, Nevra, os seus talentos de tradutor serão muito úteis, não tenho dúvidas.

- Mesmo assim, tomem cuidado, vocês  dois. Os encantamentos devem prevenir desabamentos, mas nunca se sabe.

-Nós avisaremos se encontrarmos algo, Leiftan.

Quando chegamos na Academia, examinei o local por inteiro. Foi então que notei algo.

-Aqui, Nevra! – Apontei para o friso que decorava as colunas internas da sala.

- Hmm, parece que falta um pedaço ali em cima... Espere, suba!

Nevra me convidou a subir em seus ombros. Ele me levantou com muita facilidade, provavelmente por causa da sua força de vampiro. Infelizmente nós não chegamos até o alto do friso, mas estou mais próxima e consigo ver seu estado com mais precisão.

-Parece que alguns azulejos estão faltando. E há um texto, mas... Não consigo entender.

Desci dos ombros do Nevra. Ele não parece ter sofrido por me carregar em seus ombros. Suas habilidades de vampiro me impressionam.

- Bom, fique aqui. Vou buscar uma escada no acampamento.

Esperei o Nevra por alguns minutos na esperança de receber um novo sinal do Oráculo e que ela me levasse a solução desse enigma. Mas nada aconteceu. Eu acho que dessa vez, vou ter que virar sozinha. Quando voltou, o Nevra começou imediatamente a traduzir as palavras escritas no friso.

- Nas terras dos eruditos, os dragões repousam de seus sonhos celestes, ela é a guardiã. Ó tu que buscas o saber e outras maravilhas, aos pés da deusa, este conhecimento será teu.

-Bom, não há dúvidas, é aqui que encontraremos uma maneira de ir ao encontro dos dragões, mas por onde começar?

- Provavelmente próximo da estatueta de Mnemosine, na escrita fala sobre os pés da deusa e é a única representação dela que vimos aqui.

-Você tem razão, Nev, vamos para lá!

Fomos juntos até onde tinha a estátua de Mnemosine.

-Chegamos... Você está vendo alguma coisa?

- Não, Ellanor, mas vou verificar. Deve ter alguma coisa próxima aos pés dela.

Nevra se aproximou da estátua enquanto eu olhava ao redor. Então, ele me chamou.

-Há um tipo de trava aqui.

Nevra girou uma pedra esculpida que se encontrava atrás da estátua. A laje sobre a qual a lenda desta cidade estava escrita caiu e deixou lugar a outra mensagem, escondida atrás da placa. Ele pegou e começou a traduzir.

- Aos pés do que indica com orgulho, de um brilho fulminante que se apaga, o caminho de seu lar, se encontra a primeira lápide esquecida.

-Brilho fulminante... Isso me faz pensar na estátua que caiu penhasco abaixo.

- Também pensei nisso. Aliás, era um templo dedicado a Zeus. Acho que esse enigma não deixa duvidas.

-Não há nada mais?

- Não... Imagino que teremos uma pista se encontrarmos a próxima lápide.

-Eu também acho. Enquanto isso, vamos para o penhasco, certamente encontraremos algo por lá.

Quando chegamos no penhasco, vasculhamos o local mas não encontramos nada. Foi então que tive uma ideia das mais desagradáveis. Me debrucei sob o penhasco, um pouco apreensiva.

Eldarya - Rota NevraOnde histórias criam vida. Descubra agora