38 - A viagem

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Eu mal havia entrado no meu quarto, quando o Nevra deu corda em uma caixinha de música antes de me puxar e dançar comigo. Seus braços me envolveram suavemente, enquanto seu corpo evitava cuidadosamente os móveis que ocupavam o cômodo. Com um gesto, ele me jogou para trás e deslizou seus lábios pela meu pescoço antes de beijá-lo.

-hmm, você está alegre essa noite Nevra.

- Adivinhe quem te acompanhará até os Kappas?

-Imagino que seja você, já que está tão alegre...

-Sim!

-A quanto tempo sabe disso?

- O Leiftan veio me ver uma hora atrás para me dar o dossiê da missão. Eu perguntei com quem eu iria e ele citou o seu nome entre os outros participantes.

-Ok. Então você ja leu o dossiê?

-Não, pensei que poderíamos ler juntos depois da refeição.

-Perfeito. Então vamos comer?

Fomos até o salão principal para jantar juntos, e havia muita gente hoje.

- Estou com tanta fome que comeria um beriflores. Vou achar um lugar para sentarmos e você pega as bandejas? Ou o contrário?

-Eu posso pegar as bandejas, Nev.

Fui pegar nossa comida e me juntei ao Nevra alguns instantes depois. Tentei abordar o assunto da nossa missão, mas ele de recusou a falar de trabalho durante o jantar. Compreensiva, comecei uma outra conversa, mais delicada...

- Então ela está tão brava assim com você?

-Desde que voltamos do templo ela não fala mais comigo. Então sim, ela está brava, Nevra.

- Você tentou falar com ela?

-Sim, inclusive ontem! Ela me olhou com um ar sombrio antes de fugir.

- Não se preocupe com isso, vai passar. Afinal, a minha irmã ainda é uma adolescente.

-Hmm, tive a sensação de ter perdido uma amiga.

- Não é você. Ela só acha que me perdeu. Ela precisa se acostumar, de qualquer forma, eu não ia ficar sozinho a minha vida inteira. Mas se isso te incomoda, posso falar com ela.

-Por que não? Se isso a fizer voltar a razão...

- Eu falarei com ela quando voltarmos. Talvez até la, ela amadureça um pouco.

-Obrigada - pequei a mão dele e dei um beijo.

- Não há de que...Não vou deixar a minha irmã e seus caprichos interferirem no nosso relacionamento.

-Nevra - ele veio me beijar com muita sensualidade, não esperava que ele fizesse isso com tanta gente a nossa volta. Então, terminamos nosso jantar rapidamente.

-O que acha de irmos estudar o dossiê lá fora. O sol ainda está se pondo e o clima é bom, nessa época.

-Boa ideia, Nev! Vou te seguir então.

Andamos até a praia. Realmente o clima estava bem agradável. Nevra já chegou retirando a roupa ficando só de cueca e me convidou a fazer o mesmo.

-Achei que íamos estudar o dossiê?!

- Depois, venha comigo. A água está uma delícia.

Após resistir durantes dois longos segundos, também fiquei só com as roupas de baixo e entrei na água. Como ele disse a água estava bem quentinha. Eu nadei até seus braços e senti sua mãos percorrerem minha pele. Grudada a ele, aproximei meus lábios dos seus para saborear um longo beijo. A suavidade da brisa acariciava os meus ombros molhados, me causando arrepios que o Nevra acalmou imediatamente deslizando sua língua pelo meu pescoço. Acabei soltando um gemido de prazer involuntário. Sua mão passeou até minha partes intimas e meu rosto ficou vermelho.

Eldarya - Rota NevraOnde histórias criam vida. Descubra agora